O Poder Público Municipal terá que dar explicações sobre a obra paralisada do Posto de Saúde da Família (PSF), localizado no bairro Vila Rica. A partir de reportagens divulgadas pelo Jornal A TRIBUNA, o Ministério Público do Estado (MPE) abriu um inquérito civil público para apurar a situação que levou a paralisação da obra e a responsabilidade da empreiteira e do poder público.
As condições da obra paralisada do PSF do bairro Vila Rica vieram a tona no último dia 19 de fevereiro, quando no local da obra, havia três fossas abertas na parte da frente da construção abandonada. A situação colocava em risco a saúde da população e as crianças que brincavam na região.
As fossas foram tampadas depois de reportagem do Jornal A TRIBUNA e da cobrança do vereador Fábio Cardozo (PPS), que solicitou a Secretaria Municipal de Infraestrutura que tampasse as fossas abertas. No entanto, a construção continua abandonada, com o local sendo tomado pelo matagal e sujeita a depredações constantes, levando a perda do dinheiro público já empregado na obra.
Enquanto a obra não fica pronta, os moradores da região são atendidos em um PSF improvisado em uma casa do bairro Vila Rica, que não tem condições adequadas para o atendimento dos pacientes. Conforme informações da Prefeitura, a obra do PSF do bairro Vila Rica está paralisada, pois a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Sinfra) precisou fazer o destrato do contrato com a empresa Construtora KVS que era então responsável pela obra. O destrato foi ocasionado por descumprimento de prazos pela empresa.
No entanto, a segunda colocada no certame licitatório não aceitou assumir a obra e agora o Município terá que realizar nova licitação para a contratação de uma empresa. Somente depois de tudo formalizado legalmente é que a obra voltará a ser construída.
As obras tiveram início em 7 de outubro de 2011 e deveriam ser concluídas em nove meses. De acordo com os dados contidos na decisão de destrato, o valor do contrato para a construção do PSF do bairro Vila Rica é de R$ 277 mil.