O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur) espera que o prefeito Zé Carlos do Pátio reveja a decisão, publicada na última terça-feira, em cortar o ponto dos servidores que entraram em greve no mês passado. “Vamos trabalhar politicamente para que ele repense isso. Mas, se não tivermos solução, não vejo outra alternativa a não ser chamar uma assembleia com toda a categoria”, disse ontem o presidente do Sispmur, Rubens Paulo.
A assembleia seria justamente para definir o que os servidores vão fazer e como vão agir caso a decisão do prefeito em cortar o ponto seja mantida.
O corte de ponto será relativo a todos os servidores que paralisaram as atividades por 25 dias no mês passado, menos os servidores da educação que devem repor os dias não trabalhados.
O presidente do Sispmur espera que os vereadores também intercedam em favor do sindicato. “Eles [vereadores] já pediram uma audiência com o prefeito para falar sobre o assunto”.
O sindicalista completou afirmando que tem mantido o Ministério Público ciente do que está ocorrendo.
Rubens Paulo reiterou que a greve da categoria não é ilegal. “Estamos totalmente dentro da legalidade, mas é complicado ver um servidor que depende do salário para colocar comida na casa dele e este mês ter 25 dias sem receber, vai acabar faltando dinheiro para o mercado, por exemplo”, alerta.
GREVE
Os servidores entraram em greve no mês passado. Eles reivindicam aumento salarial de 16% divididos em duas parcelas de 8%, sendo uma para este ano e outra para o ano que vem. O prefeito, por outro lado, acenou com 2% de aumento a partir deste mês e mais 1% a partir de novembro. A greve, após 25 dias foi suspensa, em razão de o Ministério Público entrar nas negociações.
