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Corpos de vítimas são identificados e liberados após assassinatos (Atualizada às 12h30 de 23/04)

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Foto: Ciopaer/Divulgação
Foto: Ciopaer/Divulgação

Os corpos das nove pessoas que foram assassinadas em uma área rural no município de Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, durante um ataque por disputa de terras na quinta-feira (20), foram transportados e chegaram na cidade por volta de 9h deste sábado (22). Segundo a Polícia Civil, forças policiais e peritos fizeram o transporte dos corpos desde a madrugada.
O traslado foi realizado num caminhão. Os cadáveres, ainda sem identificação, foram levados para uma sala do cemitério da cidade onde serão submetidos aos procedimentos de necropsia numa base improvisada. Até o momento, a Polícia só confirmou que entre as vítimas existem 3 homens que eram moradores do estado de Rondônia e outros 3 moradores da localidade conhecida como Guariba, um distrito do município de Colniza. Entre os mortos está um pastor de uma igreja evangélica. No cemitério, dezenas de curiosos se aglomeram para saber detalhes sobre o caso que já ganhou repercussão nacional e vem sendo acompanhado por diversos veículos de comunicação.
Por volta de 2h, a equipe passou por uma base da Polícia Militar no Distrito de Guariba, em Colniza, e seguiu para a cidade. De acordo com a Polícia Civil. Há sinais de tiros e facadas nos corpos. “[Alguns] são oriundos do estado de Rondônia e todos eles eram membros de uma igreja”, reiterou o delegado José Carlos de Almeida Júnior.
CHACINA
Inicialmente, ainda na quinta-feira, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT) tinha informações de que sete pessoas tinham morrido no ataque. O número oficial, de nove mortes, foi confirmado na sexta-feira. Um grupo encapuzado invadiu a área e atirou contra as famílias que moram no local.
As vítimas da chacina, segundo o governo, são todas do sexo masculino e não há crianças entre os mortos. A confirmação do número de mortos foi feito após a chegada de forças policiais no local do crime. De acordo com o governo, a suspeita é que os autores do crime sejam capangas de fazendeiros da região.
A área chamada de Taquaruçu do Norte, segundo a Sesp-MT, fica a 250 km da cidade e é de difícil acesso. Para chegar ao local, os policiais devem seguir em barcos pelo Rio Roosevelt. A área não possui sinal de telefone e internet. O local do crime fica em uma área de conflito agrário e, de acordo com a Sesp-MT, abriga cerca de 100 famílias.

ATUALIZAÇÃO – 12h30

Os corpos das nove pessoas assassinadas na última quinta-feira (20) em uma área rural do município de Colniza, em Mato Grosso, já foram identificados e liberados pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) do estado. São eles: Fábio Rodrigues dos Santos, Izaul Brito dos Santos, Ezequias Santos de Oliveira, Samuel Antônio da Cunha, Francisco Chaves da Silva, Sebastião Ferreira de Souza, Aldo Aparecido Carlini, Edson Alves Antunes e Valmir Rangeu do Nascimento.

Sete vítimas são de Rondônia, uma de Mato Grosso e uma de Alagoas, todos homens adultos.

A chacina ocorreu perto do distrito de Guariba, em uma área denominada Taquaruçu do Norte, a 350 quilômetros da sede de Colniza. O município, que é um dos líderes no ranking de desmatamentos na Amazônia, fica a 1.065 quilômetros de Cuiabá. Os oito corpos já foram liberados pela perícia. Um será sepultado em Cerejeiras (RO), três em Guariba e cinco em Colniza.

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), há mais de dez anos os conflitos fundiários são comuns no local, onde já ocorreram outros assassinatos e agressões. A CPT informou que investigações policiais feitas nos últimos anos apontaram que “os gerentes das fazendas na região comandavam uma rede de capangas, altamente armados, que usavam do terror para que a área fosse desocupada pelos pequenos produtores”.

Os nove corpos foram resgatados na sexta-feira (21) no fim do dia e o transporte até Colniza foi feito durante a madrugada de ontem (22). Informações preliminares apontam que as vítimas apresentam sinais de facadas e tiros.

Policiais civis e militares estão no local do crime apurando os fatos das mortes. A Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso deslocou uma equipe de investigadores e peritos de Cuiabá para reforçar as investigações na região. A prefeitura de Colniza e a paróquia do município também estão colaborando no caso.

Fonte: Agência Brasil

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