A Polícia Civil prendeu Jânio Natal Pereira Campos, 36 anos, acusado do triplo homicídio ocorrido em Guiratinga e que vitimou os irmãos Benedito Alves dos Reis, 53 anos e João Carlos Alves dos Reis, 57 anos, que moravam em Rondonópolis, e Durval Santiago. Apontado como um dos crimes mais monstruosos da história recente daquela cidade, os corpos das vítimas, mortas a pauladas, foram encontrados no domingo passado (10), em uma vala nas proximidades de um riacho de um sítio, a 35 quilômetros da MT-270, a partir do ponto conhecido como “Entrada do Pneu”, região da prata. O suspeito estava escondido em uma chácara na região conhecida como “Cinqüentinha”, próxima da BR-070, sentido a cidade de Cáceres. O acusado foi apresentado ontem à imprensa na Delegacia Regional de Rondonópolis.
De acordo com a polícia, Jânio Natal estava foragido da Justiça e foi preso por policiais civis da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), na noite de quinta-feira (14). Ele estava com mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça em razão do crime bárbaro do qual está sendo acusado.
No trabalho investigativo, a Polícia Civil conseguiu levantar informações e identificar Jânio como autor do triplo homicídio, sendo representado pelo pedido de prisão preventiva e imediatamente deferido pelo juízo da Comarca de Guiratinga.
Jânio, segundo a polícia, já tem antecedente criminal pelo homicídio de sua ex-mulher, também morta a pauladas, e já cumpriu pena no Presídio da Mata Grande.
O cumprimento da ordem judicial ocorreu após a polícia receber denúncia anônima relatando que Jânio estaria escondido em uma chácara.
Jânio foi detido e conduzido à sede do GCCO para ser interrogado pelo delegado Edson Peixoto, da Delegacia de Polícia de Guiratinga, em continuidade no trâmite processual do inquérito policial instaurado.
Em entrevista, o delegado Edson Peixoto revelou que o suspeito confessou o crime e teria matado as vítimas com um porrete de aroeira. “Até agora, não temos nenhum indício de que houve a participação de mais pessoas nos três crimes. O acusado alegou que a motivação para os crimes foi uma discussão que começou entre ele e seu primo Durval. Primeiramente, ele teria assassinado Durval, em seguida o ‘irmão mais alto’ e depois ‘o mais baixo’. Após o crime, ele teria ocultado os cadáveres”, disse o delegado.
Conforme o delegado, o acusado é uma pessoa extremamente fria e não demonstra nenhum sentimento quando relata do ocorrido. “Após o crime, ele saiu da fazenda e chegou até ir conversar e tomar café com parentes das vítimas. Ainda teria andado na moto de uma das vítimas”, revelou o delegado. Ontem à noite, o suspeito seria encaminhado para a 1ª Delegacia de Polícia (Centro) para as medidas de praxe e depois seria levado para a Cadeia Pública.
DECLARAÇÕES EM CUIABÁ
Segundo informações repassadas à imprensa de Cuiabá pelo delegado Flávio Stringuetta, do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil, Jânio Natal teria declarado que a companheira dele, uma mulher de 29 anos, teria ajudado a matar as vítimas com um pedaço de madeira e a esconder os corpos, porém, a mulher nega essa versão. “Ela diz que não ajudou a matar e nem a esconder os corpos”, contou Stringuetta. A polícia desconfia da versão contada pelo homem e acredita que outra pessoa pode estar envolvida no crime. “Estamos desconfiando que ele está delatando a mulher para esconder outra pessoa”, completou.
Para crimes dessa natureza a pena deveria ser PENA DE MORTE. Nossas leis são de fazer vergonha.