O Ministério Público (MP) de Mato Grosso anunciou ontem (10) que vai reforçar as investigações dos crimes alvos da operação Ararath, deflagrada em fases pela Polícia Federal (PF) desde o ano passado. Em nota emitida à imprensa, a Procuradoria-Geral de Justiça divulgou a formação de um grupo de trabalho para tratar das atribuições estaduais das investigações já realizadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), por procuradores do Ministério Público Federal (MPF) no estado e pela própria PF.
De acordo com a nota, quatro promotores devem integrar o grupo de trabalho do MP: Célio Joubert Fúrio, Mauro Zaque de Jesus, Roberto Aparecido Turin e Sérgio Silva da Costa. Além de investigar os fatos de atribuição estadual, eles deverão tomar as devidas providências jurídicas caso necessário.
O anúncio do MP foi feito na sequência de outro reforço nas investigações da Ararath, anunciado pela PGR na semana passada.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, criou um grupo de três procuradores que deverão reforçar as investigações perante o Supremo Tribunal Federal (STF) durante 30 dias devido à complexidade do esquema alvo da operação e devido à existência de investigados com prerrogativa de foro.
A operação Ararath investiga a prática de pelo menos oito crimes – entre eles, fraudes, crimes financeiros, corrupção e lavagem de dinheiro. Desde 2010, pelo menos 59 pessoas são investigadas até o momento.
O esquema, segundo a denúncia, consistiria na atuação de um “banco clandestino” a serviço de interesses políticos e particulares, como financiamento de campanhas, pagamento de dívidas, compra de sentenças no Poder Judiciário e até de vagas para conselheiros no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Cerca de R$ 500 milhões teriam sido movimentados ilegalmente.
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