Polícia apresenta suspeitos do latrocínio

Valdenir Pereira Neves, 36 anos, o “Brother” e seu primo Welington de Oliveira, de 34 anos, o “Brodezinho”, suspeitos do latrocínio que resultou na morte do vendedor de joias José Maria Gomes, 61 anos, foram indiciados pela Polícia Civil pelo crime de sequestro seguido de latrocínio.  Os acusados foram apresentados à imprensa  ontem (27), na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Rondonópolis pelos delegados Antônio Carlos Araújo e Percival Eleutério de Paula.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Antônio Carlos Araújo, adjunto da   Derf, existem provas robustas para incriminar os dois acusados. “A Polícia Técnica atestou que as marcas de pneus no local do crime são do automóvel Honda que o acusado Welington de Oliveira confessou ser de sua propriedade. Além disso, os familiares reconheceram várias joias encontradas no automóvel, no mês passado, como de propriedade da vítima. Além disso, uma terceira acusada identificada como Patrícia dos Santos Ferreira, 26 anos, apontada como sendo amásia de Valdenir e que teria sido usada como ‘isca’ para atrair o comerciante de joias João Maria até uma residência no Jardim das Flores, confessou ter ligado do celular de Valdenir para o comerciante de jóias”, relatou o delegado Araújo.  Ainda, de acordo com o policial, Patrícia Ferreira, após ser presa, confessou que Valdenir teria vendido o mostruário de joias.
Conforme revelou o delegado durante a coletiva, os acusados negaram, durante o interrogatório, a participação no crime.
O corpo de João Maria foi encontrado carbonizado no dia 3 de outubro, dentro do porta-malas de seu veículo, em uma das estradas que dão acesso à Gleba Rio Vermelho. Segundo o delegado Antônio Carlos de Araújo, o laudo da perícia não aponta se João Maria foi queimado antes ou após a morte.
Os acusados foram presos em uma quitinete no bairro Castelândia, em Primavera do Leste, no último dia 23. A polícia chegou até eles a partir de monitoramento feito pelo seu Serviço de Inteligência.
Conforme o delegado regional Percival Eleutério, os dois acusados podem estar envolvidos em mais crimes. “Recebemos várias denúncias de que eles podem ter participado de crimes graves na cidade. Nós os apresentamos à imprensa para que suas imagens sejam publicadas na mídia e, com isso, outras vítimas possam reconhecê-los”, disse o delegado regional. “Temos informação de que eles tiveram participação em outros crimes, mas não crimes simples e sim casos graves”, completou.
O delegado Araújo explicou que Valdenir e Welington ainda respondem a um segundo inquérito por tentativa de homicídio a policiais durante uma troca de tiros, no dia 15 de outubro, onde a Polícia Civil recebeu informações de que Valdenir e Welington estavam escondidos no distrito de Ouro Branco, divisa com Sonora (MS), em um pesqueiro às margens do Rio Correntes.
Diante das informações, investigadores da Derf de Rondonópolis e da Delegacia Regional foram até o local e, depois de um trabalho minucioso, conseguiram encontrar os suspeitos que estavam em um rancho. Os policiais deram voz de prisão, porém, os acusados reagiram. Na abordagem, houve troca de tiros, os suspeitos atravessaram o Rio Correntes a nado e fugiram para o lado de Mato Grosso do Sul, uma vez que o rio faz divisa entre os dois estados. Além deste segundo inquérito, o suspeito Valdenir ainda responde outro pelo crime de receptação de uma moto.
FAMÍLIA DESTACA TRABALHO DA POLÍCIA
um irmão de José Maria, Jair Rosa Gomes, esteve ontem na Derf durante a apresentação dos acusados. “Desde o começo das investigações, nós acreditávamos no trabalho da Polícia Civil,  que sempre esteve presente em nossa família até a prisão destes acusados. Espero que muitos crimes que ceifaram vidas de muitas famílias ainda sejam descobertos pela Polícia Civil. A justiça do homem será feita, mas eles ainda prestarão contas com Deus”, disse o evangélico Jair Gomes.