No fundo, lá no meu âmago transbordante,
escrevo versos que fluem sem cessar.
E extravaso a dor e a alegria arrebatante,
num poema que me ajuda a me encontrar.
Escrevo, assim como louco, com maestria,
desvendando os mistérios que me rodeiam.
Os anseios, as dúvidas, desejos, a melancolia,
as palavras que no peito afloram e incendeiam.
Autopsicografia, a arte de me desnudar,
nesse papel onde meus sonhos são vivos,
em versos que fazem minha alma cantar.
Como louco, mergulho nos meus abismos,
descrevo meu íntimo de forma destemida,
na poesia, encontro a verdade escondida.
(*) Jorge Manoel – jornalista, professor, intérprete e poeta
Essa é a força que tem a poesia.