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Rondonópolis
, 9 maio 2024
 
 

O quadro associativo do Rotary

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(*) Jerry Mill

Em tese, dependendo do seu perfil pessoal e profissional, toda e qualquer pessoa pode fazer parte do quadro associativo de um Rotary Club.

Para tanto, basta ela demonstrar tal interesse a quem já é membro da instituição ou ser sondada/convidada para conhecer a entidade, participar de algumas reuniões ordinárias (semanais) e, caso tenha o seu nome aprovado, ser oficializada posteriormente, assumindo o compromisso de cumprir o que determina o seu Estatuto e Regimento Interno. Na prática, no entanto, dear reader, nem sempre é exatamente isso o que acontece por estas paragens…
Para quem ainda não sabe (ou parece que se esqueceu), existe no Rotary a chamada Comissão de Desenvolvimento do Quadro Associativo, mais conhecida como DQA, que, lida com o processo de recrutamento, retenção e orientação mormente dos novos integrantes, mas também dos rotarianos de longa data.

Em outras palavras, cabe a ela identificar potenciais associados, homens ou mulheres, orientá-los antes e depois que forem eventualmente empossados, além de zelar para que todos estejam engajados, de forma direta ou indireta, nas atividades internas e externas do seu respectivo clube, a fim de atender às necessidades da comunidade.

Para que isso realmente aconteça e os clubes sejam mais fortes e eficazes naquilo que eles têm como prioridade, o Rotary International (RI) sugere que seja feita uma reflexão/pesquisa sobre o perfil demográfico da localidade onde eles estão inseridos, pois, segundo tais diretrizes, o quadro associativo deve buscar priorizar uma mistura de pessoas de diferentes faixas etárias (não apenas jovens ou idosos), profissões (não apenas advogados ou médicos) e grupos étnicos (não apenas brancos ou pretos) que estejam dispostas a seguir o ideal de “dar de si antes de pensar em si”, bem como cientes do que significam os termos ‘voluntariado’, ‘companheirismo’, ‘liderança’, ‘tolerância’ e ‘frequência’, dentre outros.

Historicamente, aumentar o quadro associativo tem sido a maior prioridade interna do Rotary desde a sua fundação, nos Estados Unidos, em 1905. Desde então, a intenção tem sido basicamente a mesma: ter uma base sólida de associados, representativos ou honorários, formada por pessoas conscientes do seu papel social e dinâmicas o bastante para impactar positivamente a sua comunidade através de ideias e ações simples ou complexas que, uma vez partilhadas e compartilhadas, tencionam beneficiar todos os envolvidos.

Daí a importância de cada Rotary Club ter um plano próprio para o desenvolvimento do seu quadro associativo não apenas no papel, para cumprir formalidades, mas alvo do (re)conhecimento e da compreensão de quem se propôs a ser voluntário ou voluntária e a colaborar com o cumprimento das metas previamente estabelecidas. Com tal planejamento e uma boa dose de entusiasmo, sucesso e progresso costumam vir a reboque, trazendo consigo novas perspectivas e iniciativas rotárias, fortalecendo os laços de amizade e de companheirismo.

No entanto, desde que eu ingressei no Rotary, há mais de uma década, eu tenho percebido que, globalmente, o total de associados da nossa entidade centenária tem se mantido entre 1,2 e 1,4 milhão de pessoas. Um número bastante expressivo, sem dúvida, mas bem distante dos bilhões de pessoas que habitam o planeta atualmente.

Ou seja, teoricamente, nos próximos cinco ou dez anos, o RI poderia duplicar, triplicar, quadruplicar ou, quem sabe, até mesmo quintuplicar o total de fellow Rotarians que fazem parte do seu quadro associativo numa escala global. O mais importante é saber que isso não depende de nenhum milagre, mas de ações e campanhas pontuais e assertivas dos seus integrantes tanto interna quanto externamente no curto, médio e longo prazo.

Para mim, uma vez tratado como uma empresa, em especial nas cidades do interior, mais afeitas a grupelhos e conchavos, cada clube de Rotary deve almejar ser o local onde se prioriza a quantidade aliada à qualidade, fica quem trabalha e é dispensado quem pouco ou nada faz (na verdade, na maioria das vezes, atrapalha). Um lugar em que novos e velhos rotarianos (considerando-se o seu tempo de vida ou de adesão ao clube) possam demonstrar o seu real potencial e ser aproveitados adequadamente nos diversos projetos, eventos e campanhas em curso, que costumam ter como prioridade o bem-estar físico e mental de todos nós, rotarianos ou não.

(*) Jerry T. Mill é mestre em Estudos de Linguagem (UFMT), presidente da Associação Livre de Cultura Anglo-Americana (ALCAA), membro-fundador da ARL (Academia Rondonopolitana de Letras) e associado honorário do Rotary Club de Rondonópolis.

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