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Escolha a prioridade certa

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Eleri Hamer

Diariamente precisamos decidir o que fazer e onde gastar o nosso limitado dinheirinho. Uma decisão não tão simples assim. Até porque para maioria dos humanos, ter, sempre foi mais importante do que ser. Está mais que comprovado que muitas das nossas decisões de compra não são realmente racionais e conseguem superar algum exercício de lógica. Comprar um carro financiado a juro alto, embutindo um custo de seguro, impostos e manutenção, já no limite das possibilidades financeiras, não pode, por exemplo, ser uma decisão sensata. Mas elas ocorrem aos borbulhões por aí.
Dentre as primeiras necessidades vem a alimentação e o abrigo, por exemplo. Mas para quem supera estas necessidades com facilidade e ainda sobra alguma grana, recai-lhe uma decisão que requer inteligência para acertar. Onde colocar o seu dinheiro: em investimento ou em despesa?
Sem o compromisso dos conceitos financeiros ou econômicos, mas pedagogicamente, vale a pena diferenciar as duas coisas: investimento é quando esperamos retorno financeiro ou econômico adicional de onde se coloca o dinheiro. Nesse caso, a despesa em si, não diz respeito a retorno, e sim a satisfação.
O carro novo financiado, por exemplo, uma compra adicional no shopping, uma hospedagem cara, uma refeição requintada, poucas vezes dão retorno. Apenas trazem satisfação e ostentação. Normalmente são gastos que apenas satisfazem o ego e a alma. Logo não dão retorno.
Ninguém é racional por inteiro, já que ninguém é máquina. Mas somos tomados como seres que pensam e é exatamente nos momentos de crise e de desemprego é que percebemos as grandes diferenças que separam aqueles que pensam dos que vão com a manda, empurrados ou conduzidos.
Está mais que comprovado que uma das áreas que mais dá retorno na vida das pessoas e que tem o grande poder de trazer mobilidade social (fazer as pessoas mudar de nível social) é o conhecimento. Sim, o conhecimento, o estudo, o treino e a formação.
Mas por incrível que pareça, é exatamente esta a área que em primeiro lugar é riscada das prioridades quando a crise chega e o aperto é sentido. Poucos se livram das prestações de financiamento para investir em formação. A maioria decide deixar de fazer um curso para continuar a pagar as parcelas de um bem, que muitas vezes, por si só já é um péssimo gasto (travestido de investimento).
A maioria das pessoas se apega ao seu status quo e não o largam por pura passionalidade. Esquecem que na maioria das vezes foi exatamente através do estudo ou sua formação e conhecimento que conquistaram aquilo. Agora, num momento de turbulência, preferem fazer de conta e imaginar que o repositório de conhecimento seja o suficiente para que voltem a evoluir. Na maioria das vezes não é.
O recurso para formação deve fazer parte contínua do seu orçamento. Algumas vezes mais outras vezes menos. Mas nunca deve ser zerado. A conta é simples. Não precisa entender sequer de física complexa. Se você parar, quem estiver a sua frente se distanciará e os que estiverem atrás, logo lhe alcançarão.
Então não pare nunca de afiar o seu machado. Em momentos de dificuldade, reduza seu custo fixo, a começar por aquilo que lhe traz mais despesas e invista naquilo que lhe poderá trazer lucro.
Até a próxima.

(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É professor, workshopper e palestrante – [email protected].

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