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Cortes, qualificação e capilaridade empresarial

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19/04/2016 – Nº 408 – Ano 10
26/04/2016 – Nº 409 – Ano 10

Treinar, qualificar, capacitar, desenvolver, performar e outros termos do momento são os melhores investimentos em momentos de crise. Principalmente para quem quiser se destacar no mercado ou para aqueles com interesse em desenvolver e manter sua empresa competitiva. Nesses momentos de aperto, a maioria das empresas busca economizar em tudo, cortando custos e despesas onde for possível. E com razão, afinal de contas o momento não está para brincadeira e não se pode dar chance para o azar.

Mas tem um elemento sempre importante a se pensar: Já que há necessidade de cortar, onde devemos meter a navalha? Em que parte da empresa é que devemos fazê-la sangrar? E mais, onde devemos investir? Sim, parece meio dramático isso, mas é importante ter em mente que não existe corte sem dor ou sem consequência. Como se poderia cortar alguma regalia, benefício ou diferencial, sem impacto negativo? Quando se corta em algum lugar, a empresa vai sofrer. Uma coisa é certa: não se pode cortar na jugular ou outra parte vital.

Então, quais são as partes vitais da sua empresa? Há partes vitais no curto prazo, há as de médio e de longo prazo. Além disso, como sua empresa quer sair quando a crise passar? Salva, mas exausta ou preparada para saltar à frente das demais?

Essa é uma pergunta importante a ser respondida e que vai definir o que fazer agora. É fundamental entender que quando se corta alguma coisa, se perde outra. Nesse caso, não há ganho sem perda. A grande questão é identificar com clareza onde teremos os maiores ganhos e as menores perdas. Reordenar a empresa para esse momento também não compreende apenas cortar. É necessário investir bem. Saber onde deverão ser colocados os escassos recursos que terão de retornar dividendos.

Posto isso, cada gestor, junto com sua equipe (as mudanças mais simples, boa parte dos colaboradores já sabe identificar, basta um ‘sim’ top down, de cima para baixo) deve encontrar as áreas mais sensíveis (onde devemos mexer com cautela) e aquelas que melhor suportam pressão (onde podemos ser mais agressivos nos ajustes). O investimento é a área onde se reluta mais nesses casos.

Sim, não há dúvidas que em tempos de crise é necessário investir. Ocorre que os recursos são escassos e por isso é forçoso ser mais assertivo do que antes. Nesse quesito, dois aspectos julgo relevantes: um é a manutenção técnica e tecnológica. Não há melhor maneira de quebrar ou ficar para trás do que deixar os outros passar à sua frente em termos de inovação ou de melhoria tecnológica. Com frequência, nesse caso, estrutura física é algo que pode ser preterido.

A outra é a qualificação da equipe. Normalmente é essa área que dá um grande diferencial e que consegue segurar as pontas quando o arrocho surge. Por isso, se há recursos para investir, a qualificação da equipe deve ser prioridade sem qualquer dúvida. Ocorre que precisa existir capilaridade na qualificação, caso contrário o retorno sobre o investimento em qualificação tende a ser baixo e torna-se bastante oneroso.

Explico melhor. Na ânsia de qualificar a equipe e tornar seus colaboradores mais eficazes, os gestores direcionam recursos esparsos (já que não há dinheiro para tudo) para a qualificação daqueles que julgam principais (utilizando algum critério, que não vem ao caso discutir agora).

Contudo, é frequente que ao fazer o seu treinamento, cada um tente agir por sua conta e risco ou mesmo que alinhado aos objetivos empresariais, sente o empuxo, ou arrasto, da corrente contrária, da cultura ou da prática da empresa, dificultando a sua ação. Desse modo, logo em seguida, “tudo estará como dantes no quartel de Abrantes”.

Por isso, sempre insisto de que tudo deve estar alinhado (objetivos, políticas, estratégias e ações). Não é nada difícil de fazer isso. Esse é um momento em que alinhar programas de qualificação das pessoas fazem uma diferença enorme. Criando capilaridade, desde o estratégico, passando pelo tático até chegar no operacional. Todos se sentirão, ao mesmo tempo, apoiados e co-responsáveis.

Boa semana e até a próxima.

(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É professor, workshopper e palestrante –
[email protected].

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