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, 29 maio 2024
 
 

Ano Novo com poesia

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Goncalo Antunes - 29-12-14

A mudança de ano é amarga; sim, causa espécie ao paladar por trazer um sentimento nostálgico de que as coisas se foram, não voltam mais. Somente os otimistas extremados conseguem tirar proveito disso – boas novas surgirão. Se não surgirem, não importa, mais um novo ano se avizinha, e por aí vai…
Poesia, do jeito que o Mestre sonhava, ainda a temos. Ganhamos a liberdade com novos tempos de Justiça, é uma era de graça… Poesia… O não sofrer se arrasta, o não chorar está virado para o céu da vida… Em cada palmo de mão, semente de felicidade, alegria, alegria, cantaria o cantor dos mares. Ainda a temos, poesia…
Vibra alto de sua majestade, encanta aos descrentes, fugidios da normalidade. Besta fera que arranca da realidade, sonho… Da finitude, felicidade; não somos mortais… Poesia, ainda a temos.
Enxergamos melhor as estrelas, na escuridão… Quantas palavras, desprezos sem razão, seu brilho está por aí, basta se entregar… Poesia, tento te deixar, anoiteceu, olho pro céu e vejo… Como é bom… Ainda a temos, podemos ser.
O ano passou, chorei. Seu sorriso tem motivo, compaixão. Indo pelo ar, cheio de encanto a trilhar; agora, com você, sorri. Realizar, que venha mais um. Merecedores, agora sim… Poesia, ainda a temos.
De sobrenome, alegria, somos o que restou de suas letras… Poesia…, apostei todas as cartas. Temos a melhor lembrança. Eu também já fui rei, todo menino o é… Nos meus tempos de menino, sonhei, contigo fiquei. Poesia, rainha.
Em cima do mar, naveguei. Contigo sem dor, na espuma das ondas, sobrevivi… É você, tenho certeza, assim não faltam momentos de paz.
No vento que carrega as chagas, de nostálgica hora, está faltando alguma coisa, não mais em mim. Mais um ano se foi, menos poesia, seu momento não tem igual. Poesia, de redentora sedução.
Com a liberdade, no fundo sou, vaidade. Por um segundo de amor, arbítrio pra se viver. Estou concentrado, você está aqui; a perseguir, estou desconfiado, não haverá despedida, vou te animar. Poesia, o jogo não é fechado, e o tudo, é igual.
De qualquer forma, o tempo é normal, o ano que se conta, não. Seu nome é obsceno e espalhado em todo lugar, um conto que não quero, somos imortais no destino. Tudo que mais quero é ser um abraço, pra sempre e acalorado, tê-la em meus braços. O ano não passa, fica. Poesia…
Se a pressão em opressão atingir o coração, é bobagem, antídoto de crises. Pra todo ano findo, poesia de nada, pra tudo. Vejo-te apaixonada, não faz pecado, mas arte a fazer bater no peito uma vontade de mais viver, de doar. Não mais contarei o tempo, um só verão, um só inverno, um só venturoso sol.
De todas as belezas, você é a mais inspiradora, panaceia de todas as sombras. Se fugires por um passo, te dou mais dois de frente, o procurar-te me faz mais, sempre, mais… Afinal, um ano se quedou, cura as feridas, cicatriza as injustiças, purifica o que se avizinha.
É por aí…

(*) GONÇALO ANTUNES DE BARROS NETO é juiz de Direito em Cuiabá – [email protected]

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