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A gota que faltava

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Wilson Fua - 23-10-14

Quando as nossas relações são mais extensivas, estamos propícios a nos irritar com as reações exageradas das pessoas que fazem parte do nosso meio. E, geralmente, não conseguimos sentir ou ver o sofrimento e desacertos emocionais daquela pessoa que pensamos conhecer, e ao fazermos um pequeno comentário ou uma brincadeira, num ato surpreendente – eis que essa pessoa passa a nos agredir verbalmente, chora, ou torna-se agressiva demais conosco.  Como seres humanos, temos os nossos momentos de fragilidade e nesses momentos de fraquezas, podemos reagir com agressividade ou palavras rudes às pessoas que amamos porque nesse dia o nosso limite chegou ao fim.
Muitas vezes, somos alvos de piadas, risos, desprezo de pessoas próximas a nós, e com o passar do tempo, a fraqueza e a assimilação tornam-se uma arma muito forte capaz de destruir um amor, um relacionamento de amizade de anos, e dessa amizade ou desse amor ficará a saudade atropelada pela ignorância do afastamento, do vazio e do passado que se foi, ficará pelo resto da vida o julgamento dos nossos ex-amigos ou ex-amores, e desse julgamento errado, se não fizermos um exame de consciência dos nossos atos, erradamente veremos apenas os outros como afiadores de machado que foi usado no corte que destruiu um grande relacionamento.
Fim de um limite, tudo ficará para traz, aquele colo que nos acolheu, aquelas mãos que sempre nos ajudaram a levantar; aquelas alegrias que nos proporcionaram as melhores gargalhadas e mesmo as lágrimas que foram enxugadas, tudo será passado, até aquele olhar que sempre nos admirava como um ser adorado e amado virou a esquina e desapareceu. A vida nos faculta o direito e o dever de fazermos nossas escolhas. Ninguém é totalmente perfeito ou imperfeito, tudo é questão de saber se controlar. Muitos indivíduos arrogantes que se acham donos do mundo, não conseguirão nada a não ser um espaço tão pequeno, onde ficarão presos em suas próprias ações desajustadas.
Não se surpreenda com as ações das pessoas, porque a explicação da vida encontra-se dentro de cada um de nós e todas as respostas que procuramos, constitui em observarmos bem a nossa volta e levarmos tudo que vemos pra dentro de nós mesmos. Às vezes julgamos apenas o nosso próximo – sem entender que das nossas brincadeiras em forma de humilhação, pode ter sido a gota que transbordou a taça do sofrimento daqueles que nos suportaram por muito tempo, sem reclamar e que naquele dia era o dia do basta.
Temos que controlar nossos impulsos e emoções, principalmente quando forem prejudiciais às pessoas que nos amam ou que dependem de nós. Caso contrário quando a chama desses sentimentos se apagarem, e ao olharmos para o caminho que percorremos, estaremos computando apenas destroços das nossas vidas.

(*) Wilson Carlos Fuah é economista, especialista em recursos humanos e relações sociais e políticas: [email protected]

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