Pelo mundo se espalha
Toda dor dessa mortalha.
O que será dessa vida
A humanidade estremecida.
Por ação da desigualdade,
Mais aumenta a mortandade.
A tristeza nos consome,
A maioria morre de fome.
Uma dor me corta o peito
Quando vejo o sonho desfeito
No olhar de uma criança.
Por muitos que sofreram,
Pelos tantos que morreram
Não lhe mate a esperança.
(*) Gilson Lira, escritor, poeta e membro da Academia Rondonopolitana de Letras