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Dead fish e cultura de massas na discussão do nacional-popular

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Thales Biguinatti Carias - opiniao - 06-01-14
“(…) É neste ínterim que propusemos o estudo das músicas que compõem o álbum “Sonho Médio (1999)”, da banda capixaba de hardcore, Dead Fish”

(*) Thales Biguinatti

O que caracteriza uma nação? Quais valores, sentimentos, significados e histórias permitem que eu reconheça alguém inserido no mesmo território que eu como um “igual” e chame de “outro” todos os que estão além destes limites? Esta é uma problemática com a qual inúmeros acadêmicos se debruçam. Um deles, o cientista político Benedict Anderson, afirma ser no bojo das transformações sócio-históricas do capitalismo o momento de imaginação de uma comunidade nacional. Em outras palavras, o sentimento nacionalista é uma construção sócio-histórica que possui hora e data marcadas. No caso brasileiro, a problemática da identidade nacional suscitou (e continua a suscitar) longo debate, seja na academia, seja entre os próprios artistas brasileiros que carregam consigo um projeto nação. O professor Renato Ortiz, em livro intitulado “A Moderna Tradição Brasileira: Cultura Brasileira e Indústria Cultural” destaca que esse problema, no Brasil, se constitui como uma tradição. O que o professor aponta, no entanto, é que tal tradição necessita de um “acertar os ponteiros” com discussões de foro mais amplo e começar a pensar num fator determinante à produção cultural na contemporaneidade, a indústria cultural. É neste ínterim que propusemos o estudo das músicas que compõem o álbum “Sonho Médio (1999)”, da banda capixaba de hardcore, Dead Fish. Por se tratar de um gênero intimamente ligado ao rock n’ roll, o hardcore de Dead Fish carregaria o atributo de assimilado, americanizado, enfim, de despreocupado com a realidade nacional. Na pesquisa que ora realizo pretendo discutir até que ponto tais críticas procedem, uma vez que desconsideram pontos importantes, como a própria indústria cultural e a globalização na tessitura de sua argumentação e acabam por engendrar uma polarização entre nacional e internacional que legitima a busca por uma origem mítica do que viria a ser uma autêntica cultura brasileira.

(*) Thales Biguinatti Carias é graduando do curso de História/ICHS/CUR/UFMT.

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