Em abril de 1981, cheguei a Rondonópolis que, naquele ano completaria seus 28 anos de emancipação política. Vi, gostei, fiquei. Confesso que, a princípio, também vim em busca de oportunidades de trabalho. Mas, com o tempo, aprendi a amar esta cidade quente de povo hospitaleiro. Por isso, participei de inúmeros movimentos em defesa da implantação de políticas públicas que priorizassem o planejamento de ações voltadas para a capacitação de recursos humanos, o que exige uma gestão democrática que não tem medo de investir recursos em projetos educacionais, sociais e culturais, além de ser baseada no diálogo aberto com o funcionalismo e com a comunidade.
Uma gestão voltada aos usuários dos serviços públicos, os quais devem estar efetivamente participando das decisões políticas quanto aos rumos do desenvolvimento do município, de modo a que a população possa ter, de fato, acesso a serviços públicos de qualidade, não só na área da economia, mas, também, na área da educação, saúde, cultura, esporte e lazer. Afinal, é justa aquela cidade que respeita os aspectos sócios ambientais e a diversidade, porque os reconhece como fatores preponderantes de construção da cidadania.
Estamos em 2013, e Rondonópolis comemora seus 60 anos de emancipação política. Como o tempo passa! Muita coisa mudou desde 1981. Muita coisa ainda precisa mudar. Mas o importante é considerar que se trata de uma cidade que não para, está sempre se reinventando e na atualidade vive um de seus melhores momentos: a chegada da ferrovia, de inúmeras indústrias, a criação da Secretaria da Cultura e da Academia Rondonopolitana de Letras, entre outras inovações importantes que comprovam que Rondonópolis está se modernizando de forma coerente e responsável.
A UFMT, SENAI, SENAC entre outras entidades e instituições governamentais e não governamentais, públicas e privadas, já existentes e as que estão se instalando no município se esforçam para formar mão de obra qualificada para dar conta das vagas de emprego que surgirão em breve.
Parabéns Rondonópolis, pela pujança de seus 60 anos! Que possamos comemorar mais vitórias e crescimento nos anos vindouros, porque é o lugar que escolhemos para viver e criar nossos filhos, nada mais justo que defendermos sua bandeira seja lá onde estivermos.
(*) Wilse Arena da Costa, doutora em educação: psicologia da educação. Escritora, pesquisadora, palestrante e membro da Academia Rondonopolitana de Letras
