Como em um tapete de desfile ela conduz a bola, com carinho se entendem, talvez porque são do mesmo sexo, ela menina com alma de senhora, a outra redonda obediente rola, de pé, cabeça, sutil toque de peito a conduz com sutileza e jeito.
Ana Vitória foi bem recebida lá no REC, o Márcio Schmitd a recepcionou, – fique a vontade a casa é sua. Ela entendeu, pegou a bola, entre meninos fez o espaço exclusivo seu, começou na escolinha, entre meninos nunca esteve sozinha.
Com vontade de campeã, a atleta com valentia desafiou o mundo masculino, mostrou como uma mulher pode entender o universo varonil, não é só força e muito menos brutalidade, é ser diferente sendo igual na poesia da bola e da magia.
Hoje, ela colheu os frutos que plantou convocada para representar a nação, disse um sim com o sonoro grito de alegria. Vai representar a cidade, orgulho da família, carrega o nome do estado e do Leão que há levou para a seleção.
Como seu próprio nome indica que suas vitórias sejam infinitas. Leve a magia com graça e fantasia, deixe teus cabelos revoar ao ar, enquanto, corres como uma ema, você é do cerrado, nosso orgulho, diamante puro sendo lapidado.
(*) Jorge Manoel é jornalista em Rondonópolis