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Onde está a verdade dos rebeldes ideológicos?!

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“investigar só um lado é punir sem apelação e negar o direito do contraditório, é usurpar a democracia em sua origem jurídica”

Quando se instituiu a Comissão da Verdade, chamei a atenção para o cuidado de se investigar os dois lados da moeda, ou seja, quem matou quem e por que. Falar que os grupos guerrilheiros e não foram poucos (PCB que executou uma militante e noticiado na literatura acadêmica e romanceada – não teriam outras? -, PCdoB, MR-8, ALN, VPR, AP, entre outros) lutavam por democracia empunhando armas, é uma provocação à inteligência humana.
A única arma da democracia é o voto e sem mensalão. Investigar só um lado é punir sem apelação e negar o direito do contraditório, é usurpar a democracia em sua origem jurídica. Mexer na ferida sem arrancar a casca dura, só expõe a sujeira que se mostra sem apontar quem provocou o ferimento, quem fez e porque, afinal toda ação provoca uma reação. Já que se quer investigar, fica a sugestão de se levantar pelo Ministério Público o valor das indenizações milionárias que os parentes dos guerrilheiros vêm recebendo da União.
Fica uma pergunta no ar: por que só indenizaram os guerrilheiros e esqueceram o soldado que cumpria ordens, aqueles que morreram nos ataques a pessoas vítimas dos sequestros e o roubo a bancos? No mínimo, esses rebeldes deveriam ser considerados bandidos, ou roubar banco e assassinar por ideologia política não é crime? Será essa a luta pela democracia que querem defender? Hum!… no Brasil dos anos 70, ser do contra era bonito e os rebeldes de causas confusas viraram mocinhos de armas na mão, “braços dados ou não” querendo impor o que diziam acreditar.
Tal e qual o tenentismo dos anos 20, século XX. Acabamos de assistir uma série de greves nos vários setores federais e o governo fez todo tipo de pressão, até ameaça de demissão pelos possíveis excessos cometidos, para o término das reivindicações legítimas das categorias. A verdade dos fatos tem duas faces e depende do jeito que se conta um “causo”. Estaria o governo atual exorbitando de sua “legitimidade” ao “ameaçar” as categorias?
Falou-se que os grupos guerrilheiros lutavam por democracia, e resta perguntar se o “socialismo” e o “comunismo” que defenderam, em algum lugar foi democrático? Enquanto o nazismo (uma variável socialista alemã) matou seis milhões de judeus, homossexuais e ciganos, o socialismo/comunismo mundial (Rússia, China, Camboja, Cuba, entre outros) matou 100 milhões de pessoas em nome dessa “democracia”.
Esses números fazem parte da verdade acadêmica e literária que muitos não querem ver, e quem as aponta é tido como mentiroso e reacionário. A Comissão da Verdade afinal deixou clara sua intenção e que não foi uma novidade, pois a “vendeta” se alimenta de sangue, e ela foi instituída para o que se propõe, mesmo porque seus membros foram bem escolhidos. O mensalão era uma mentira da propaganda “mídia fascista” da imprensa marrom… Até que depois de 10 anos, os fatos estão sendo mostrados… E justiça sendo feita, e o cara sabia… caiu a máscara. Viva a imprensa livre.
Espera-se que o bom senso prevaleça e que não venham com mensagens como o da redução de energia elétrica, (como se fosse uma dádiva dos deuses do Olimpo) que, como sabemos, se adequou à uma determinação de uma investigação do Ministério Publico Federal que mandou devolver aos consumidores valores cobrados a mais por um bom tempo e divulgado pela mídia.
Quem sabe, tenhamos uma “perestroika” econômica, ou seja, uma reforma institucional e de uma “Glasnost” política (reforma no sistema político democrático sem ensejos “putinescos” ou “Czarista”).
Não estou aqui defendendo ninguém, muito menos acusando, só constatando, mesmo porque todos já somos crescidos e vacinados, apenas enquanto cidadão quer saber da verdade em todos seus contornos e não ser ludibriado com a criação de um novo cavaleiro da esperança que jamais existiu, a não ser para vender uma imagem enigmática de retórica lúdica e confusa. Belas mentiras e meias verdades, até quando? Afffff …

(*) Dr. Jovam Vilela da Silva, professor aposentado da UFMT

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  1. O governo ditatorial do qual a posição se favorecia era legitimo, era democrático? É possível saber quais os motivos individuais de cada cidadão considerado revolucionário? É possível ser idealista e não ser fascista? Os abusos da posição geraram os abusos pela oposição. Quem gerou insatisfação? Só reagimos a algo quando somos ameaçados. Não importa a posição de cada um, a causa secreta nunca saberemos. E não sei se ela é importante. Qualquer manifestação num regime ditatorial recebe retalhação, como o manifestante vai reagir é particular e ele tem o direito a defesa.

  2. Muito me honra ter sido colega de profissão do Jovam. Além da brandura de gestos e atitudes esse historiador sempre pautou sua fala com a postura daquele que fez uma escolha política.
    Mas, é o texto e as ideias nele presente que me fazem comentar. Afinal, como militar participei do tempo em que muitos dos fatos que a tal comissão de mentirinha disse que vai apurar. Isso me dá a vantagem de muitas vezes ser observador participante e outras vezes saber em primeira mão a outra versão da História que alguns teimam em recontar enviezada e olhando o lado perdedor da contenta.
    Realmente, o cidadão brasileiro, em especial os mais jovens que não viveram aqueles momentos vão acabar achando que a matança feita pela esquerda revolucionária armada no Brasil foi justa e necessária.
    Parabéns ao colega pela lucidez ao tratar o assunto.
    Vamos ficar sem a versão oficial daqueles fatos por conta dos “detentores da meia-verdade” que teimam em perpetuar uma mentira.

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