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A ética na política ou política com ética

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noÉ possível fazer política de maneira correta, com ética, com respeito às leis e a valores morais mínimos? Ou será isso uma utopia?
Diante do vale-tudo que se trava em torno da formação de alianças partidárias e com o judiciário vivendo o epílogo de uma crise que se arrasta há mais de dez anos, o que se passa na cabeça do eleitor?
Imagino que o cidadão se sinta enojado, descrente nas instituições e autoridades, e cada vez mais convicto de que política não é coisa para pessoas de bem e de que tudo não passa de uma disputa entre bandos que querem o poder apenas para assaltar o dinheiro público e dele fazer uso em benefício próprio.
Como mudaremos a situação? Com as mesmas práticas políticas que geraram este estado de coisas? Creio que não.
Acredito que para mudar precisamos, em primeiro lugar, reconquistar a capacidade de nos indignar. O eleitor precisa entender que só ele é capaz de interromper esse processo de degradação moral para preservar o futuro e o bem-estar da nossa gente. Em um estado carente de infraestrutura, dinheiro público tem de ser bem aplicado para atender as crianças que precisam de mais escolas, jovens que precisam de mais oportunidades, idosos que precisam de mais assistência e trabalhadores que precisam de mais empregos e melhores salários.
Em segundo lugar, precisamos recompor nosso senso ético e moral, distinguir o certo do errado, o decente do indecente, o legal do ilegal. Não se pode aceitar como “normal” o que não é. Não é normal comprar lideranças, não é normal comprar votos, não é normal fazer campanha usando caixa 2, não é normal políticos assalariados ficarem milionários e, principalmente, não é normal aceitar tudo isso passivamente. É preciso sair do torpor, é preciso reagir.
As campanhas condicionam os mandatos e alianças espúrias feitas em cima de negociatas e traições não podem de maneira nenhuma resultar em governos comprometidos com os reais interesses de nossa população.
Campanhas milionárias, que compram apoios e votos com recursos de origem não declarada terão que ser e serão pagas à custa de corrupção e escândalos como os que, infelizmente, estamos nos acostumando a presenciar. Mas não é possível continuarmos convivendo com esta situação, onde o escândalo de hoje tira das manchetes o escândalo de ontem.
Este estado de coisas precisa mudar sob pena de vermos a corrupção se alastrar como uma infecção generalizada contaminando todo o tecido social e comprometendo a continuidade do nosso processo de desenvolvimento. Não tenham dúvida de que o dinheiro que falta na construção de estradas, hospitais e escolas é o mesmo que engorda os bolsos dos corruptos e têm relação direta com o atraso e carências do nosso povo.
Teremos pela frente um embate difícil em que, ao final, caberá ao eleitor decidir que representantes querem para seu estado e seu país.

(*) Rogério Salles, ex-governador de Mato Grosso, ex-prefeito de Rondonópolis e empresário rural

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