Lembro-a tanto com saudade imensa
Todos os dias a qualquer momento,
Assim ponho-me na tamanha crença
De tê-la sempre no meu pensamento.
Viveu sob os eflúvios da nascença
Essa divina estrela em luzimento,
Dando alegria, a perdoar ofensa
E sem jamais guardar ressentimento.
Revejo-a em silêncio, na brandura,
Aos indultos de amor, ainda a contemplo
A socorrer alguém na desventura.
Querida mãe, meu sacrário, meu templo,
Se deste-me à luz, deste-me a ventura
Do grande acervo imortal do teu exemplo!…
(*) Nivaldo Melo é poeta baiano, morador em Ibicaraí-BA