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Rondonópolis
, 16 maio 2024
 
 

Um pensamento geográfico

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Um novo ano letivo começa e os desafios que nos são colocados pelo mundo globalizado, nos impõem a cada dia novas tarefas e novos caminhos a serem trilhados na busca dos conhecimentos que nos auxiliaram na formação de um ser humano mais cidadão. Assim, o ensino de Geografia têm que ser visto como parte dos instrumentos que podem contribuir para a qualificação dos alunos, para as práticas sociais em um espaço global e complexo, pois o espaço vivido atualmente extrapola o lugar de convívio imediato e torna se um espaço fluído, sem limites definidos, sem fronteiras e de difícil compreensão. Instrumentalizar o cidadão para compreender este espaço como hoje está produzido é também uma tarefa da escola e de uma forma particular do ensino de Geografia.
Para Vesentine, (2002:24), o educador deve estar preocupado com a conquista da cidadania e contribuir com os crescimentos intelectuais, cognitivos e afetivos do educando na formação criativa do senso crítico. E esta nova metodologia de trabalho requer muito estudo, Kaercher, (2002:228) diz que “Não adianta se iludir, achando que dá para ser um bom professor com pouca leitura, pouca bibliografia e estudando os assuntos em cima da hora”.
Pensar essa realidade e propor soluções para a construção de uma sociedade mais justa faz parte dos estudos das Ciências Sociais e dentro dela a Geografia, nesta direção Cavalcante (2003:44) nos diz que “[…] o conhecimento geográfico é, pois, indispensável a formação de indivíduos participantes da vida social a medida que propicia o entendimento do espaço geográfico e do papel desse espaço nas praticas sociais”.
Então, podemos afirmar que o professor de Geografia nessa complexa organização espacial precisa saber interpretar o espaço geográfico e chegar a síntese, propiciando condições necessárias ao entendimento da Geografia como uma ciência que estuda o espaço que o homem constrói ao longo se sua história. Assim, o ensino de Geografia tem como função contribuir para a formação da cidadania através das práticas de construção e reconstrução de conhecimentos, valores, habilidades que propicie aos estudantes a compreensão do mundo em que vivem e atuam.
Nesta perspectiva, não só o ensino de Geografia se faz importante por si só, mas é preciso um saber histórico, filosófico e sociológico que nos possibilitará entender este espaço cada vez mais complexo.  Só de posse destes conhecimentos é possível ser um bom aluno de Língua Portuguesa e de Matemática disciplinas tão valorizados pela nossa cultura educacional. O mundo contemporâneo  nos exige cada vez mais um saber universal e, para tal, precisamos ultrapassar a barreira da reprodução dos conhecimentos já cristalizados e de memorização de nomes de acidentes geográficos, lugares e paisagens  para passar a construir um novo saber e uma nova forma de ensinar que tenha significado para a prática cotidiana.
Ainda há muitos de nossos colegas professores que buscam por receitas prontas de aulas perfeitas em que todos aprendam e se comportem adequadamente, isso dentro  do ponto de vista da cultura hierarquizada, machista e capitalista que temos, no entanto, isso não é mais possível, temos que aprender juntos no cotidiano escolar, buscando novas metodologias e nova proposta de se construir um novo saber em cada turma e com cada aluno que faz parte de nossa atividades diária.
Só assim conquistaremos o respeito merecido e a valorização tão desejada como profissionais que somos. Bom ano letivo a todos e iluminado de novos conhecimentos e de utilidade para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna.

(*) Wilson José Soares é doutorando em Geografia na UNESP Rio Claro e professor no CEFAPRO de Rondonópolis e na E.M. Firmício Alves Barreto

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  1. Olá meu amigo e colega prof. Doutorando Wilson José Soares, gostei muito de seu artigo! É assim que poderemos ajudar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde o conheimento não seja detido apenas pela classe dominante, mas que também seja ensinado aos dominados para servir de ferramenta para sua emancipação política, social e cultural. Caro amigo, gostaria de estar falando contigo: meu e-mail é: [email protected]. Inclusive, falei com a profª Doutoranda Rosinei (Rose) na semanda passada e passei a ela meu e-mail, mas não sei porque razão, a não conseguiu entrar em contato comigo. Ela falou ao telefone comigo sobre você. Sobre o possível contato que poderíamos ter. Enfim, já lhe passei o e-mail e gostaria muito de manter contato contigo. Também estou cursando Doutorado em Geografia na UFU!
    Abraços,
    Até!

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