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Nós e o Haiti

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A tragédia do povo haitiano foi uma coisa dantesca, um golpe fatal num povo já combalido. Há que ajudemos, de qualquer forma, da melhor maneira possível, pois eles precisam de toda a ajuda imaginável. Comida, roupa, remédios, médicos, hospitais, o teto de suas casas, tudo. Precisam que ajudemos o seu país a se reerguer, para que tenham trabalho, pois só assim, readquirindo a cidadania e a dignidade, poderão pensar em superar adversidades tão atrozes.
Muitos países estão enviando gente, equipamento e suprimentos para ajudar os sobreviventes e o Brasil é um deles. Nosso país tem enviado gente apta a dar valiosa colaboração em várias frentes, assim como equipamentos e carregamentos de agasalhos, água e alimentos. O governo também liberou um valor considerável, que para a dimensão do desastre do Haiti pode parecer pouco, mas para o brasileiro comum, que passou por tragédias recentes, ainda que menores, é muito.
Pode parecer que levantar o assunto dessa maneira é mesquinhez, mas não estamos aqui criticando o envio da ajuda ao Haiti, e sim a falta de verbas para socorrer as tragédias internas. Para se ter uma ideia, o dinheiro prometido pelo governo para construção das casas para o pessoal que ficou desabrigado em Santa Catarina parece que está vindo em doses homeopáticas. Há gente da enchente de 2008 que ainda está morando em barracas. A saúde, a educação, a segurança sofrem de aguda falta de verbas.
Mas, cá pra nós, dar teto para vítimas de tempestades e de um poder público que não faz o seu trabalho, delimitando áreas de risco e proibindo a sua ocupação, que ficaram sem nada, a não ser a roupa do corpo, não dá projeção para que o nosso presidente seja eleito Estadista do Ano num Forum Econômico Mundial fora do Brasil. Melhorar a saúde no Brasil (que está na UTI, embora nosso presidente fale do SUS como se fosse o programa mais eficiente do mundo, sugerindo o modelo aos Estados Unidos, por exemplo), a educação e a segurança, parece que também não interessa muito, não dá status.
Precisamos levantar as mãos para o céu e agradecer por não termos terremotos no nosso chão. Se enchentes e tempestades já transformam o país num pequeno Haiti, imaginem com terremotos, com os “políticos” que temos no comando da coisa pública…

(*) Luiz Carlos Amorim é coordenador do Grupo Literário A Ilha em SC – luizcarlosamorim.blogspot.com

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