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Rondonópolis
, 14 maio 2024
 
 

Luta antimanicomial

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A luta antimanicomial consiste em evitar internações sem perspectivas de retorno e possibilitar ao paciente da saúde mental um tratamento no qual ele possa estar integrado à sociedade e a família. A internação de pacientes da saúde mental deve ser breve e deve ocorrer somente nos casos de urgência e emergência. No entanto, há uma resistência cultural a respeito do tratamento fora dos hospitais para usuários da saúde mental, uma vez que por anos a única forma de tratamento era a internação em que consistia na verdade em tirar o doente do convívio familiar e da sociedade, ocorrendo para muitos a internação para o resto da vida.

No Brasil, a luta antimanicomial já vem ocorrendo desde a década de 50 quando muitos questionavam o tratamento oferecido através das internações nos manicômios. Mas, é na década de 70 com a Reforma Sanitarista, onde a forma de atendimento de saúde  em nosso país foi revisada, que este movimento tomou força. Nos anos 80, na cidade de Santos e Rio de Janeiro, a proposta de tratamento sem internações se tornou realidade e mostrou a todo o país que o tratamento fora dos muros dos hospitais era possível, seguindo um movimento que já acontecia na França, Canadá e Estados Unidos.

A partir da década de 90, o Ministério da Saúde inicia a implantação dos primeiros CAPS – Centro de Atenção Psicossocial, a redução gradativa dos hospitais manicomiais, seguida da implantação das residências terapêuticas e do Projeto Volta para Casa.

O usuário da saúde mental, que recebe um acompanhamento psiquiátrico, associado ao uso do medicamento correto, a terapias e o apoio da família, este último muito importante haja vista que qualquer  doença possível de cura pode ser sarada de forma mais íntegra e saudável dentro de casa, onde o afeto, carinho e cuidado estão presentes, consegue se restabelecer, ter uma vida saudável, desenvolvendo assim atividades tidas como normais, como trabalhar, estudar, constituir família entre outros.

Em Rondonópolis, a saúde pública mental oferece tratamento psicossocial através do Centro de Saúde Jardim Guanabara, Hospital Psiquiátrico Paulo de Tarso (filantrópico), CAPS Paulo de Tarso, CAPS para Usuários Dependentes de Álcool e Drogas – CAPSad, CAPS Infantil e Centro de Reabilitação Nilmo Júnior, atendendo  uma parte da demanda, restando ainda muitas pessoas que aguardam na fila de espera por atendimento no Centro de Reabilitação Nilmo Júnior e no Centro de Saúde Jardim Guanabara.

Pensar a Saúde Mental no todo, trabalhar em conjunto, fortalecer e ampliar o serviço, associando qualidade, eficiência, agilidade e a contemplação de um maior número de usuários é o nosso desafio, uma vez que a Luta Antimanicomial é oriunda da luta dos trabalhadores da saúde, familiares e usuários.

Que possamos, neste dia 18 de maio, conversarmos e juntos iniciarmos a construção do Projeto de Saúde Mental que queremos para Rondonópolis.

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