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, 25 maio 2024
 
 

Riscos para consumidores adultos de leite humano

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banco de leite humano - materno - santa casa - 19-09-13 (2)

Existem até comunidades fetichistas e de pessoas que sofrem de doenças crônicas cujos membros gostam de consumir, sob as formas de produto natural, sorvete, pirulitos e outras. Primariamente, o leite é vendido em seu estado natural e pronto para tomar. Na internet, existem site e fóruns que são frequentados por aqueles que desejam comprar ou vender o leite humano.
Embora o leite humano seja realmente um grande recurso nutricional para nutrição infantil até dois ou três anos de idade, quando consumido por adultos o conteúdo nutricional do leite humano é inferior ao do leite de vaca. O custo do leite humano para consumo de adultos é equivalente a quatro vezes o preço de venda para alimentação de recém nascidos.
As vantagens e benefícios apontados pelos consumidores adultos de leite humano não estão cientificamente confirmados. Por outro lado, os riscos do consumo desse alimento incluem contaminantes químicos e ambientais. Além disso, o produto adquirido pela internet não é pasteurizado, o que expõe o consumidor a doenças relacionadas ao leite natural. Um estudo que avaliou o leite vendido online identificou a presença de bactérias em 93% das amostras, sendo que 74% dessas apresentavam um risco de contaminação por bactérias gram-negativas. A falta de pasteurização promove um alto risco bacteriano, além de expor o consumidor adulto a doenças infecciosas como citomegalovírus, hepatite B e C, HIV e sífilis, entre outras.
Álcool, drogas lícitas ou ilícitas, tabaco e cafeína passam para o leite paralelamente com outros contaminantes ambientais. Vendedoras mais inescrupulosas podem diluir o leite comprado pela internet com leite de vaca, água ou leite de soja com o objetivo de aumentar o volume a ser vendido.
Em resumo, o leite humano adquirido pela internet não é seguro nem eficaz para a nutrição de adultos ou de pessoas em tratamento de doenças crônicas, uma vez que tal produto apresenta mais riscos do que benefícios.
Comentário final do autor: até que ponto o consumidor de leite humano justifica esse hábito para fins terapêuticos e até que ponto essa postura não refletiria um retorno à fase oral no processo de maturação psicológica? Outra questão: será que no Brasil existem também adeptos adultos de leite humano ou esta seria apenas uma postura típica de sociedades mais desenvolvidas como o Reino Unido e os Estados Unidos da América?

Por Dr. Augusto Pimazoni Netto, coordenador do Grupo de Educação e Controle do Diabetes do Hospital do Rim – Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP.

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