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, 10 maio 2024
 
 

Consumo de micronutrientes na infância

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“O consumo alimentar foi analisado a partir de pesagem direta dos alimentos consumidos na creche ou escola”
“O consumo alimentar foi analisado a partir de pesagem direta dos alimentos consumidos na creche ou escola”

No Brasil, assim como em diversos países, a obesidade infantil apresentou um aumento expressivo nas últimas décadas. Como o excesso alimentar na obesidade é caracterizado pela ingestão elevada de energia, mesmo nesta condição podem estar presentes deficiências de vitaminas, minerais e fibras. Bueno et al. (2013) investigaram a adequação do consumo de micronutrientes em crianças de 2 a 6 anos de escolas públicas e privadas em diferentes regiões do Brasil, em estudo transversal multicêntrico que foi publicado na revista Nutrition.
Foram avaliadas 3058 crianças, sendo 76% matriculadas em escolas públicas atendidas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O consumo alimentar foi analisado a partir de pesagem direta dos alimentos consumidos na creche ou escola e de diários preenchidos pelos pais ou responsáveis incluindo todos os alimentos consumidos fora da escola. A prevalência de sobrepeso encontrada foi de 20,0% e de obesidade de 7,7%.
Os resultados indicaram baixa prevalência de ingestão inadequada das vitaminas B1, B2, B3 e B6, assim como de folato, fósforo, magnésio, ferro, cobre, zinco e selênio. No entanto, a inadequação no consumo de vitamina E variou entre 15 e 29% e a prevalência de ingestão inadequada de cálcio foi de aproximadamente 45% nas crianças com idade acima de 4 anos. Mais de 90% da amostra apresentava consumo inadequado de vitamina D. Além disso, o consumo de sódio estava acima do limite superior em 90% das crianças com menos de 4 anos de em 73% daquelas com 4 anos ou mais. Quanto aos macronutrientes, aproximadamente 30% das crianças consumiam mais gordura saturada do que o recomendado. Apenas 5% das crianças com mais de 4 anos de idade alcançaram a recomendação de fibras.
Em resumo, estes achados revelam que o consumo de crianças brasileiras de 2 a 6 anos de idade é deficiente em vitamina D, vitamina E, cálcio e fibras e que há um consumo excessivo de sódio e gordura saturada. Há necessidade de melhorias tanto na alimentação escolar como no domicílio, portanto ações de promoção da alimentação saudável para esta faixa etária precisam envolver, além das crianças, as famílias, as escolas e o governo.

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