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, 19 maio 2024
 
 

Iniciativas para aumentar o consumo natural

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“Apesar da ampla divulgação dos benefícios à saúde promovidos pelas frutas e hortaliças, a ingestão destes alimentos pela população permanece baixa”
“Apesar da ampla divulgação dos benefícios à saúde promovidos pelas frutas e hortaliças, a ingestão destes alimentos pela população permanece baixa”

Frutas, legumes e verduras (FLV) constituem um grupo de alimentos bastante variado, caracterizado por altos teores de fibras, vitaminas, minerais, carotenoides, flavonoides e uma série de outros compostos bioativos. Seu consumo regular está associado à prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), incluindo hipertensão, obesidade1, doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer, como esôfago e estômago.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a ingestão de pelo menos 400 g/dia de FLV. Em muitos países da América Latina, esta recomendação foi traduzida na iniciativa “5 ao dia”, representando cinco porções de frutas e hortaliças diariamente. Já o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde (2006), recomenda o consumo diário de pelo menos 3 porções de hortaliças como parte das refeições e pelo menos 3 porções de frutas nas sobremesas e lanches.

Apesar da ampla divulgação dos benefícios à saúde promovidos pelas frutas e hortaliças, a ingestão destes alimentos pela população permanece baixa. Resultados do VIGITEL 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) indicaram que 77,3% dos brasileiros consomem menos de cinco porções de FLV ao dia. A prevalência de baixo consumo também é alta em outros países da América Latina, como Uruguai (73,0%), Paraguai (66,5%) e Equador (87,4%).

Quanto à difusão do “5 ao dia”, um estudo apontou que no Chile em 2009 menos de 10% das pessoas entrevistadas em centros de saúde e supermercados conheciam o programa, que existe desde 2004, e apenas 7,7% consumiam as cinco porções diárias recomendadas. Estes dados indicam a necessidade de promover mais ações nacionais e internacionais com o objetivo de incentivar o consumo de FLV.

O 50 Congresso Pan-americano de Incentivo ao Consumo de Frutas e Hortaliças, realizado no Brasil em 2009, destacou a necessidade de exercitar a intersetorialidade que o tema exige, estabelecendo-se medidas que incentivem o consumo, a produção e a comercialização de alimentos saudáveis, a preços acessíveis, sob a ótica da promoção da saúde, respeito e valorização dos hábitos alimentares.
A alimentação escolar brasileira traz exemplos de medidas de apoio ao consumo de FLV, por meio da lei 11.947/2009 que determina o repasse de pelo menos 30% dos recursos para a aquisição de gêneros provenientes da agricultura familiar, dando prioridade aos orgânicos ou agroecológicos. Contudo, é necessário ampliar a oferta de frutas e hortaliças regionais e investir na promoção do consumo, incluindo e fortalecendo nos currículos escolares a educação alimentar e nutriciona.

Na população adulta, o consumo de FLV aumenta com a idade, renda e escolaridade. Segundo Claro e Monteiro (2010), a diminuição do preço de frutas e hortaliças obtida por meio de apoio à cadeia de produção de alimentos, bem como por medidas fiscais, constitui um instrumento promissor de política pública capaz de aumentar sua participação na alimentação.

A implantação e o sucesso destas estratégias dependem da união de esforços de diversos setores do governo (agricultura, abastecimento, desenvolvimento social, saúde, educação, desenvolvimento agrário) com a comunidade científica e a sociedade civil, com foco na promoção da saúde e segurança alimentar e nutricional para a população.

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