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Intervenções para reduzir peso em escolares

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Criancas com lanche escolar1

Evidências indicam aumento global do sobrepeso e obesidade infantil tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento. As escolas têm sido um ambiente frequentemente eleito para a implementação de intervenções para combater a obesidade infantil por uma série de motivos. Crianças passam um tempo considerável do dia na escola, logo os programas escolares podem atingir um público grande em um período de tempo relativamente curto. Além disso, muitas escolas têm a educação em saúde como parte de sua missão; assim, programas bem sucedidos têm chance de serem adotados e mantidos em longo prazo. Ainda, o ambiente escolar é parte de uma ampla rede social envolvendo os professores, os pais e a comunidade.
A literatura mostra uma série de exemplos de intervenções para manejo da obesidade infantil no ambiente escolar. Recentemente, Lavelle et al. (2012) conduziram uma revisão sistemática com metanálise para investigar o efeito de intervenções para redução do Índice de Massa Corpórea (IMC) em escolares (crianças < 18 anos). Os pesquisadores identificaram 43 estudos publicados entre 1991 e 2010. As intervenções continham exclusivamente componentes de atividade física em 11 estudos (26%), de educação em três (7%), e eram baseadas na combinação de atividade física, educação e intervenção dietética na maioria dos estudos (n=29; 67%).
Intervenções com atividade física isolada ou em combinação com educação nutricional levaram a redução significativa do IMC. Quando as intervenções eram direcionadas apenas para crianças com sobrepeso e obesidade, houve redução do IMC de 0,35 kg/m2 (IC95%: -0,12 a -0,58 kg/m2), enquanto houve redução do IMC de 0,16 kg/m2 (IC95%: -0,06 a -0,25 kg/m2) quando a intervenção atingia o universo de escolares, independente do estado nutricional.
Como exemplo de intervenção com múltiplos componentes, tem-se o trabalho de Plachta-Danielzik et al. (2007). O programa consistiu de mensagens (consumir frutas e hortaliças diariamente, reduzir o consumo de alimentos com excesso de gordura saturada, manter-se ativo por pelo menos 1 hora/dia e diminuir o tempo em frente à televisão para menos de 1 hora/dia) desenvolvidas para as crianças, os pais e os professores. Para as crianças, as mensagens eram trabalhadas na forma de contos de fadas, jogos interativos e oficina de preparo de um café da manhã saudável. Após cada atividade de educação nutricional, as crianças participavam de atividade aeróbica durante 20 minutos. Em seguimento de quatro anos, verificou-se que a intervenção teve resultados positivos, mais pronunciados em crianças cujas mães eram eutróficas e naquelas de melhor condição socioeconômica.
Segundo Khambalia et al. (2012), ainda há espaço para uma melhor compreensão do benefício das intervenções no ambiente escolar para prevenção e controle da obesidade infantil por meio de uma extensa revisão de diversos desfechos, como antropometria (incluindo medidas de pregas cutâneas e a análise da gordura corporal por meio da bioimpedância elétrica, por exemplo), parâmetros dietéticos, conhecimento sobre nutrição, e outros, subdividindo-se os achados com base no nível de evidência (ensaios clínicos aleatorizados, coortes) e o perfil de risco das crianças avaliadas. De toda forma, os resultados positivos já publicados até o momento apoiam a realização de intervenções nas escolas como forma de promoção da saúde, redução do risco e manejo da obesidade infantil.

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