SONO E RESFRIADO
Pessoas que dormem menos de sete horas por noite têm risco três vezes maior de desenvolver doenças respiratórias após terem contraído resfriado do que aqueles com oito horas ou mais de sono, segundo estudo publicado na edição atual dos Archives of Internal Medicine. Estudos anteriores apontaram, entre outras relações, que a privação de sono afeta determinadas funções imunes e que indivíduos que dormem bem têm menores taxas de problemas cardíacos. Mas havia pouca evidência direta de que a falta de sono poderia estar associada com a menor resistência a contrair gripes e resfriados. Pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, dos Estados Unidos, analisaram 153 homens e mulheres saudáveis, com idade média de 37 anos, entre 2000 e 2004. Cada participante foi avaliado diariamente durante um período de duas semanas, de modo a verificar quantas horas dormiam por noite, qual a porcentagem do tempo passado na cama correspondeu ao período dormido (eficiência do sono) e se sentiam descansados pela manhã.
MÃE-CANGURU E PREMATUROS
A incubadora pode não ser sempre a melhor escolha para tratar bebês de baixo peso. Uma forma de tratamento alternativa é o método mãe-canguru, em que o recém-nascido fica junto da mãe o tempo todo preso com uma faixa ao corpo dela (daí o nome do método). Na tese de doutorado da Faculdade de Medicina da USP, “Modelos de assistência neonatal: comparação entre o método mãe-canguru e o método tradicional”, a médica Maria Haydée Augusto Brito fez uma comparação entre as duas formas de assistência e chegou à conclusão de que o método canguru possibilita uma melhor evolução para os prematuros, apesar de o método tradicional (com uso de incubadora) ter um papel muito importante no tratamento inicial desses bebês. Ela analisou os dois modelos sob os seguintes aspectos: crescimento e desenvolvimento do bebê, forma de aleitamento e vinculação afetiva da mãe com a criança. O estudo contou com a participação de 70 mães e seus bebês e foi realizado num hospital público no Ceará e mostrou que as crianças do método canguru se alimentavam, em média, com 75% de leite materno e 25% de leite de fórmula. Os bebês de incubadora se alimentavam, em média, com 75% de leite de fórmula e 25% materno.