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, 19 maio 2024
 
 

A falta de educação tecnologica no trabalho

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Eleri _UDe toda a minha rede de contatos, lembro-me de apenas um profissional que não possui celular. E antes que alguém imagine que esse fato possa indicar que ele seja um mau profissional, posso garantir que é um dos acima da média.

Mas não deixa de ser curioso, em pleno terceiro milênio, enquanto alguns possuem dois ou até três celulares, o meu amigo em questão não possui um exemplar sequer.  Até porque, o trabalho e a conectividade definitivamente se deram as mãos já há algum tempo e parece que esse entremeado entre tecnologia e labor só está aumentando.

Adianto que utilizo e sou a favor da adoção tecnológica, mas ainda estamos aprendendo a lidar com ela e provavelmente dias piores virão se não tomarmos algumas atitudes preventivas e drásticas.
Não me refiro somente à falta de capacidade, por exemplo, de desligar o seu celular nos momentos que deve haver outras prioridades, como a hora das refeições ou de convívio com família e amigos. Mas a falta de “Educação Tecnológica” como um todo.

Quem usa o celular para o trabalho não tem muita opção. Mas para aqueles cujo trabalho não requer qualquer relação com essa tecnologia, ou principalmente onde ele atrapalha, tem sido um problema sério. Inclusive passível de demissão. Não apenas o mau uso, mas o próprio uso já é um problema nessas situações.

Não é por acaso que o foco e atenção nas atividades, capacidade de concentração e, por consequência, de execução, tem se revelado alguns dos principais diferenciais competitivos dos profissionais. Saber se portar e controlar a ansiedade em relação aos seus vícios é uma competência muito valorizada no ambiente corporativo.

Não conseguir ‘se desligar’ do celular quando ele não faz parte de sua atividade profissional, assim como o cigarro, por exemplo, pode revelar dependência ou mesmo uma patologia.

Como o celular está dotado de uma variedade cada dia maior de aplicativos e usos (inclusive falar), a maioria dos funcionários ainda tem grande dificuldade em controlar e separar a necessidade da curiosidade fortuita. Sem cunho produtivo.
Por mais que a maioria das empresas se esforce para reduzir a perda de tempo no uso desnecessário de diversos dispositivos móveis, entre eles o celular, parece tarefa hercúlea e ineficaz. Tem sido motivo recorrente de atritos entre colaboradores e gestores e também entre os próprios colaboradores, uma vez que o uso normalmente não atrapalha apenas o seu trabalho, mas o do colega também.
Há empresas que proíbem e outras que liberam. Há colaboradores que entendem e se limitam ao mínimo e outros que disfarçam e tentam enganar os demais e a si, naturalmente. O grande desafio é entregar resultados e atender as metas. Talvez esse seja o grande limite, certamente tênue, que ainda será necessário equalizar.
O certo é que a qualidade do trabalho de qualquer profissional é afetada cada vez que algo interrompe a concentração. Para que nos tornemos um trabalhador do conhecimento, precisamos desenvolver também habilidades e competências acima da média o que inclui a capacidade de estabelecer foco e execução.
O problema é que os viciados sempre acreditam que ele não atrapalha a si e nem mesmo aos colegas. Como qualquer outro distúrbio ou mesmo incompetência (isso mesmo, não conseguir fazer o que precisa ser feito é uma incompetência) sempre é entendido pelo promotor como algo sem importância ou risco.
Em alguns casos existe uma verdadeira compulsividade em checar e-mails, mensagens de texto e voz, notícias ou atualizar as redes sociais. Por isso, ter consciência sobre o bom uso do celular, por exemplo, é uma grande virtude. Imagina você compenetrado numa atividade complexa e de repente começa a tocar um pancadão na campainha do aparelho que está na mesa ao lado?
Por isso, se o celular não fizer parte do seu trabalho, quando estiver nele, a primeira atitude coerente é deixa-lo no silencioso. Segunda, é coloca-lo na gaveta ou longe do campo de visão e apenas checa-lo, se necessário for, uma ou duas vezes por período laboral. Isso já é um grande avanço e um bom começo para quem ainda é escravo dessa tecnologia.
Se você começar a não atender as ligações nesses períodos vai “adestrar” os seus amigos desocupados a apenas ligar nos momentos em que for realmente conveniente. Ou seja, quando eles e você não estiverem trabalhando.
Boa semana de Gestão & Negócios.

(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É professor do IBG, workshopper e palestrante – [email protected]

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