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, 16 maio 2024
 
 

O perfil disputado

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O dinamismo no mundo empresarial é muito interessante de se observar. Atualmente, um dos perfis profissionais mais disputados é justamente aquele que antigamente era evitado. Já houve época em que as empresas buscavam profissionais compenetrados, quietos psicologicamente, com forte tendência a não trocar de empresa e não mexer muito no modelo de trabalho que já estava estabelecido. Executores natos.

Era importante que o contratado se adaptasse de modo tácito aos modelos da empresa, sem burilar no sistema, ou em nada do ambiente estrutural, normalmente construído sob a ótica do empresário, ou patrão, como comumente era chamado.

Agora não. O perfil mais valorizado é bastante diverso desse, para não dizer exatamente o contrário dele. Dá-se prioridade para profissionais com características capazes de fazer a empresa acompanhar o ambiente dinâmico dos negócios e se adapte ou inove nele.

Diversas pesquisas com empresários tem demonstrado essa migração no perfil, fortalecendo cada vez mais o empreendedor corporativo e estimulando as características que fazem dele um profissional ainda mais disputado no mercado.

É fácil de compreender por que essas novas características se tornaram elementos de desejo das empresas. O principal motivo parece ser exatamente o fato de que as práticas e as estratégias das organizações produtivas precisam de renovação constante o que coloca a inovação e o próprio empreendedorismo como decisivos na sua capacidade competitiva.

Dentre esse perfil valorizado atualmente estão desde atitudes proativas, curiosidade profissional, capacidade de gerenciar conflitos como foco, execução assertiva, gestão do tempo, dentre outros.
Há uma diversidade enorme de características que são bem vindas às empresas. Mas numa tentativa ousada de reunir em poucos elementos, poderíamos elencar pelo menos quatro caraterísticas essenciais que as empresas buscam à exaustão em seus profissionais.

A primeira delas (embora pareça duas) é a capacidade de entender o negócio da empresa (visão ampla) e conjuntamente entender o sistema organizacional da empresa (conhecer todas as áreas). Apenas isso já diferencia um bom profissional dos demais, fazendo dele um “acima da média”.

A segunda característica é saber exatamente o que a empresa espera dele, sendo capaz de entregar (isso inclui cumprir prazos) e ir além, proativo, curioso e questionador. Muitos profissionais, embora de boa capacidade apresentam dificuldade para atender a prazos e enxergar um pouco mais adiante do que lhes é solicitado. Isso não tem a ver com tempo de escola, diz respeito ao perfil pessoal e a visão periférica que possuem. Normalmente é nato, mesmo que possa ser treinado.

O terceiro item da lista é a capacidade de gerenciar e mitigar conflitos. Se o profissional tem interesse em se tornar líder ou mesmo liderar um projeto apenas, precisa treinar a gerência de conflitos. Eles ocorrem em qualquer empresa e em todas as áreas, por isso é tão importante que as organizações tenham pessoas com esse perfil. Em tempos de estresse profissional e pessoal funcionários com esses atributos são ainda mais requisitados. Se olharmos essa característica em especial veremos nela também uma grande capacidade de comunicação.

Por fim, completa esse perfil, a capacidade de execução. Normalmente ela vem acompanhada de alto nível de exigência, rigor às regras e ao planejamento, bem como a diligência.

Claro que essa mudança na demanda do perfil dos gestores não é regra geral. Ainda temos empresários que pensam do modo antigo. Acreditam que pessoas irrequietas acabam atrapalhando o seu ambiente ou colocando em jogo seu status quo. Incomodam-se com mudanças e por isso preferem manter tudo no mesmo lugar. Tirá-los da zona de conforto nem sempre angaria simpatias.

Assim como também não é regra que os gestores ou profissionais se preocupem ou estejam atentos ao perfil atualizado das empresas. Nesse campo também há mais do mesmo e assim vão perdendo espaço, muitas vezes para jovens de pouca experiência, mas com vivacidade sistêmica.

Boa semana de Gestão & Negócios.

(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É professor do IBG, workshopper e palestrante – [email protected]

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