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Talento não é tudo

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De forma sana pelo menos, ninguém mais duvida que as empresas sejam feitas de pessoas. Porém, a figura do funcionário talentoso como o único perfil desejado e necessário para as empresas modernas terem sucesso é no mínimo uma falácia, mesmo que tenha sido propalado à exaustão e que estes sejam fundamentais.
Exceto a brincadeira do funcionário que ao invés de talento, “tá lento”, como o que faz as coisas muito lentamente, sabemos que este é um perfil desejoso para as empresas, mas não deve ser a única característica preponderante. Pelo menos não na maioria delas.
Mesmo nas áreas em que é necessária grande criatividade, ao final das contas, a execução eficaz tem sido um grande gargalo para a maioria delas, assumindo papel destacado para que o resultado seja satisfatório.
Dado o ambiente de mudanças que se transformou o contemporâneo cenário dos negócios, ao longo dos últimos anos foi dada ampla atenção e destaque aos profissionais que detinham destacada capacidade criativa e desejo por atividades dinâmicas em detrimentos das mais estáticas e rotineiras.
Porém, basta que observemos um pouco melhor o perfil básico das pessoas com alta capacidade criativa e de talento que logo perceberemos como um conjunto delas, principalmente sem a adequada gestão, pode gerar mais desequilíbrio e desordem organizacional do que uma boa execução.
As empresas estão carentes de pessoas que tenham grande capacidade de implantação, que além da iniciativa, típico dos talentosos, demonstrem aptidão para se organizar, cumprir prazos e finalizar o que iniciaram, sem que se necessite fiscalizar a todo instante ou mesmo conferir ao final.
Um aspecto fundamental e que merece ser observado com mais atenção não está apenas no perfil das pessoas que as organizações têm, mas como ocorre a gestão desses recursos estratégicos, com suas respectivas habilidades e competências.
É óbvio que mesmo com uma equipe talentosa, se a gestão for burocrática, ao invés de grandes soluções teremos dois tipos de problemas. Primeiro que o desestímulo dos talentosos inibirá a sua criatividade e em pouco tempo estarão dispostos a sair da sua empresa, pois os desafios que se apresentam para eles são mínimos e limitados.
Segundo, que o nível de execução também estará prejudicado, motivado pela renúncia e até certo desinteresse que colaboradores com esse perfil possuem em relação às atividades que denotam menor nível de criatividade e maior empenho operacional.
Mais importante que encontrar, contratar e reter os talentos nas empresas, algo que se tornou o mantra dos departamentos de recursos humanos, é gerenciar para os talentos.
Na essência significa estimular os funcionários a trocar conhecimentos entre si e colaborarem uns com os outros, além de instigar o benchmarking das suas práticas com a de outras organizações.
Esse conjunto de atividades ou a própria filosofia de trabalho vinculado ao ambiente social fará com que, mesmo pessoas com forte apelo burocrático, possam se tornar mais talentosas à medida que forem estimuladas para tal.
A prática tem me dado mostras de que parece mais frequente pessoas com perfil de procedimento padrão se tornam ou adotam habilidades criativas do que um talento criativo se tornar seguidor de regras ou um exímio executor.
O ambiente tem sido decisivo para que isso ocorra o que, em última instância, é uma das responsabilidades do gestor principal. Criar um espaço de trabalho amigável e criativo possui papel decisivo para atrair e reter pessoas talentosas ampliando a interação e reciprocidade.
Boa semana de Gestão & Negócios.
(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É Diretor de Relações com o Mercado do IBG – Instituto Business Group, professor e palestrante – [email protected]

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