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Comunitários se opõem à devolução de área

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Ministério Público recomendou que entidade devolva ao Município sede em que está instalada desde 1983

Antônio Pereira Cabral e Antônio Gomes Chaves dizem ser contra devolução de área - Foto: Deivid Rodrigues
Antônio Pereira Cabral e Antônio Gomes Chaves dizem ser contra devolução de área – Foto: Deivid Rodrigues

No próximo dia 30 de setembro, a União Rondonopolitana das Associações de Moradores de Bairros (Uramb) realiza uma assembleia extraordinária junto aos seus associados, para decidir se aceita ou não uma recomendação do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE-MT), para devolver sua sede ao Município de Rondonópolis.
O imóvel, que fica no Jardim Guanabara, foi doado à entidade que é registrada como associação privada há mais de 30 anos. O pedido do MPE será debatido entre os membros da Uramb, embora seja possível notar que a maioria dos comunitários é contra a ação.
Dois integrantes da Uramb, Antônio Pereira Cabral e Antônio Gomes Chaves, estiveram no A TRIBUNA para reforçar o sentimento da maioria das lideranças de bairros. “A Uramb pagava aluguel e, em 1983, a área foi doada pela Prefeitura. Só tinha mato em volta, ela foi estruturada por nós… Não é justo sermos retirados de lá agora”, comenta Antônio Cabral.
A motivação para o pedido de devolução do imóvel não foi tornada pública pelo MPE, mas especula-se que o interesse seja o de construir no local a nova sede da Promotoria de Justiça da cidade. Para essa finalidade, o Município doou em 2016 um grande terreno na Vila Birigui, próximo à uma faculdade, mas até o momento a obra não teve início.
“Respeitamos a entidade e entendemos que ela deve somar com a comunidade, com os que prestam serviços para a comunidade. Não é apenas chegar e tomar a área, tem que ser uma coisa mais criteriosa, chamar todo mundo e fazer uma discussão. Agora que deixou de ser matagal para se tornar área nobre surge esse interesse?”, questiona o líder comunitário Antônio Gomes Chaves.
Para os comunitários, é necessário que além de discutir a devolução da área, o MPE torne público a motivação e também ofereça opões para a Uramb, que em posse do terreno, construiu e fez inúmeras melhorias em sua sede.
“Muita gente trabalhou para a sede ser o que é hoje, e causa tristeza que uma entidade pública venha contra uma entidade que presta serviço público”, diz Antônio Cabral.
Conforme adiantou a diretoria da Uramb em outras oportunidades, após a realização da Assembleia, em caso de recusa de devolução por parte dos associados, e a manutenção do interesse da recomendação por parte do MPE, a Uramb deve buscar na Justiça direito de permanecer em sua sede.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Esta área pertencia anteriormente a CONAB que repassou ao Município para destina-la especificamente a URAMB, atendendo a uma reivindicação no decorrer de nossa gestão frente a entidade, no final da década de oitenta. Na sequencia vieram as benfeitorias, após incluirmos o aporte de recursos no primeiro plano municipal de assistência social. Espero que trata-se de um desconhecimento ao grande trabalho prestado pelas associações de moradores à população de Rondonópolis, no decorrer de quase quatro décadas.

  2. Qual o interesse do MPE em tomar o terreno com a sede da Uramb, uma vez que foi doado pelo município? Quem está por trás disso? Que desserviço é esse, justamente do MPE?

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