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Rondonópolis
, 29 maio 2024
 
 

Santa Casa suspenderá atendimentos de UTIs e média e alta complexidade

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Foto: Arquivo
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A Santa Casa e Maternidade de Rondonópolis anunciou durante uma coletiva de imprensa realizada no fim da tarde de ontem (2), que a partir da próxima segunda-feira (7) o atendimento das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) adulto, pediátrica, neonatal e coronarianas será suspenso.
Além disso, procedimentos ambulatoriais e cirúrgicos eletivos, de média e alta complexidade, só serão realizados procedimentos referenciados, incluindo os serviços de cardiologia que começaram a ser ofertados em abril deste ano.
“Na Santa Casa de Rondonópolis, por exemplo, referência de maternidade na região, temos uma média de 1.600 atendimentos/mês. Desses, apenas uma média de 400 são internações, todo o restante de atendimento às gestantes irá cair sobre a rede municipal, como a UPA e a rede básica de saúde”, explicou o vice-diretor presidente da Santa Casa de Rondonópolis, o cirurgião bucomaxilo Kemper Carlos Pereira
A suspensão de atendimentos também ocorrerá em outros três hospitais filantrópicos do Estado, sendo o Hospital Geral Universitário e Hospital Santa Helena, na Capital, e também a Santa Casa de Cuiabá. Os hospitais representam aproximadamente 85% do atendimento de alta complexidade de Mato Grosso.
A decisão da Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas Prestadoras de Serviço na Área da Saúde do Estado, se deve a um deficit de repasses do governo, que se acumula desde 2015.
“Através de uma discussão com o governo em 2015, os hospitais filantrópicos contrataram a pedido do Estado uma empresa para fazer o cálculo de qual seria o real deficit das entidades filantrópicas. Na época, eram cinco hospitais, e foi calculado deficit de R$ 5 milhões. No ano passado tivemos três paralisações, o governo reconheceu o deficit, fez uma negociação com os hospitais e nós aceitamos o recebimento de R$ 3,5 milhões, e o restante para cobrir o deficit seria discutido em abril de 2016. O governo atrasou o pagamento, pagou a última parte dos R$ 3,5 milhões em fevereiro deste ano e simplesmente parou de pagar”, repassou Kemper, que explicou ainda que, por ano, o deficit acumulado pelos hospitais filantrópicos gira em torno de R$ 60 milhões.

Janduy Santos, coordenador da UTI neonatal; vice-diretor presidente, Kemper Carlos Pereira; Luciano Oliveira, diretor clínico; Renato Costa, diretor técnico e Eder Sousa, superintendente da Santa Casa, durante coletiva de imprensa - Foto: Patrícia Cacheffo/A TRIBUNA
Janduy Santos, coordenador da UTI neonatal; vice-diretor presidente, Kemper Carlos Pereira; Luciano Oliveira, diretor clínico; Renato Costa, diretor técnico e Eder Sousa, superintendente da Santa Casa, durante coletiva de imprensa – Foto: Patrícia Cacheffo/A TRIBUNA

Na Santa Casa, e nos demais hospitais filantrópicos, a notícia de que o pagamento do deficit não seria feito gerou estranheza. “Eles nos deram suporte, o hospital cresceu e ampliou o atendimento à população… Não tem sentido do nada o governador dizer que não tem dinheiro. A gente sabe que os recursos são escassos, mas acho que ele deveria direcionar os recursos para o que é essencial. Os setores que não têm urgência e emergência, eles vão sofrer com a paralisação. As gestantes, que antes eram atendidas aqui de porta aberta, só serão atendidas de forma referenciada, em caso de urgência”, disse o cardiologista Renato Costa, diretor técnico e coordenador da cardiologia na Santa Casa.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da assessoria de comunicação, não reconheceu a dívida com os hospitais filantrópicos. “Talvez a Secretaria de Estado não reconheça, porque nós estamos no quarto secretário de Saúde, eu tenho certeza que os outros que passaram lembram das conversas que tivemos, assim como o governador sabe. Vocês da imprensa sabem, assim como a população, já que várias matérias sobre o assunto foram feitas desde 2015. O serviço só voltará quando o Governo reconhecer o deficit, pagar e criar uma agenda para os futuros pagamentos”, enfatizou Kemper.

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1 COMENTÁRIO

  1. É a realidade que vivemos, Gestões falidas, população sofrendo pelas incompetência é dinheiro correndo pelo ralo, como se fosse lixo. O maior exemplo, deste descaso, foi o espetáculo vivenciado ontem, 02 de agosto de 2017, a imoralidade dos parlamentares Brasileiro, discutindo e votando a irresponsabilidade de defesa da maior autoridade do País. Enquanto isso, o problema da Saúde Pública, e das Unidades Filantrópica, ficam nestes descasos. É incompetência, dinheiro tem, falta Gestão. Temos que nós mobilizar e cobrar, imposto são criados, e para onde vai o dinheiro? Nesta irresponsabilidade de defesa do Michel Temer, foi liberados Emendas Parlamentares, comprando políticos sem compromisso, e o zelo pelos Hospitais e pacientes? Precisamos, não esquecer o dia de ontem, 2 de agosto de 2017. Compromisso com o povo nenhuma, mas a ganância pelo poder sim. Não vale desanimar, os desafios é para ser vencidos. 2018, ano da mudança, vamos fazer a diferença. O BRASIL, esperá, que cada um cumpra com seu dever. Não a Corrupção e a Impunidade. CAMILO RODRIGUES

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