Santa Casa normaliza atendimentos via SUS

Enfrentando uma paralisação parcial de serviços pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde o dia 7 deste mês, a Santa Casa de Misericórdia e Maternidade de Rondonópolis também decidiu normalizar os atendimentos na instituição. A decisão veio depois de um acordo estabelecido entre o governador Pedro Taques e representantes dos hospitais filantrópicos no Estado.
A Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicos informou que esse acordo com o Governo do Estado prevê um aporte emergencial de R$ 7,5 milhões para os cinco hospitais filantrópicos no Estado, que será pago em três parcelas de R$ 2,5 milhões por três meses, com sua revisão dentro de 60 dias.
Segundo a Federação, o Governo do Estado se comprometeu com os hospitais filantrópicos de buscar parcerias para quitar R$ 12 milhões em aberto e também de realizar a contratualização de novos procedimentos cirúrgicos eletivos com valores diferenciados.
Nesse sentido, o governo e os hospitais vão trabalhar em um plano conjunto para zerar as filas por cirurgias. Os filantrópicos ficaram de estudar na próxima semana a possibilidade do Estado contratualizar a realização de cinco tipos de cirurgias eletivas para zerar essa fila de espera em cirurgias, que chega a 9 mil pessoas.
Caso os hospitais aceitem em participar do programa de realização de cirurgias para zerar a filar do Estado, o pagamento dos procedimentos poderá chegar a até 300% do previsto da tabela SUS. Os recursos a mais devem ajudar no custeio dos procedimentos que consomem volume maior que o previsto pelo Ministério da Saúde.
A Assembleia Legislativa também se comprometeu em ajudar o Governo do Estado. Uma das possibilidades elencadas pelo presidente da Casa de Leis é a destinação de emendas às filantrópicas ou mesmo na questão orçamentária.
POLÊMICA
Apesar do acordo momentâneo, gerou polêmica a emissão de uma nota conjunta por parte do governo estadual e de representantes de hospitais filantrópicos. Nesse comunicado, as unidades reconhecem que o Estado não tem dívida com os filantrópicos; também reconhecem os aportes realizados desde 2015.
A Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicos informou que não assinou a nota pública por não concordar com grande parte de seu conteúdo, mas compreende os presidentes dos hospitais filantrópicos no sentido de evitar um caos no sistema de saúde daqueles que necessitam.
A Santa Casa de Rondonópolis não emitiu um parecer ao Jornal A TRIBUNA sobre as decisões tomadas em Cuiabá, limitando-se a divulgar o fim da paralisação.