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Rondonópolis
, 26 maio 2024
 
 

Fórum Sindical diz que 28 categorias estão paradas

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Manifestação de servidores se concentrou na Praça Brasil e depois percorreu ruas do centro de Rondonópolis - Foto: Patrícia Cacheffo/A TRIBUNA
Manifestação de servidores se concentrou na Praça Brasil e depois percorreu ruas do centro de Rondonópolis – Foto: Patrícia Cacheffo/A TRIBUNA

Como estava previsto, os servidores públicos de Mato Grosso entraram oficialmente em greve ontem (31), em protesto pelo não pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) por parte do governo estadual. De acordo com o Fórum Sindical, que representa os sindicatos nas negociações com o Estado, o balanço inicial mostra que 28 categorias estão paradas. A paralisação afeta, entre outros, setores essenciais como Educação, Saúde e Segurança.
Em Rondonópolis, parte das categorias paradas realizou na manhã de ontem (31) uma passeata pela região central da cidade. Entre os servidores presentes na manifestação estavam os do Departamento de Trânsito (Detran), do Sistema Prisional, Sistema Socioeducativo, Saúde, Meio Ambiente, além de investigadores e escrivães da Polícia Civil. “Os trabalhadores comissionados do Detran representam 30% da categoria aqui em Rondonópolis, por isso, todos os servidores efetivos do Detran estão parados. Nem a Agência Vip, a 2ª Ciretran ou a Vistoria estão funcionando”, relatou a representante do Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran) em Rondonópolis, Rosana Pereira de Brito.
O mesmo cenário se repete pelas delegacias da cidade, já que apenas 30% do efetivo de investigadores e escrivães da Polícia Civil estão trabalhando, se concentrando apenas na 1ª Delegacia de Polícia (antigo Cisc), onde atendem apenas situações de flagrante, conforme informou Zilene Leal, do Sindicato dos Trabalhadores da Polícia Civil de Mato Grosso.
Na penitenciária Mata Grande, o banho de sol e as visitas aos detentos estão suspensos. Estão mantidos apenas os serviços relacionados à alimentação e saúde. Os agentes prisionais trabalham com apenas 30% do efetivo.
O mesmo acontece no sistema socioeducativo. “Estamos em um local insalubre, que não é adaptado e nem recomendado pela legislação para abrigar adolescentes em conflito com a lei. A gente está na briga pela insalubridade, os agentes de segurança trabalham em número reduzido. Além de todos esses fatores, agora temos que lutar pela RGA, que não é aumento, é recomposição, e o senhor governador não quer nos conceder”, desabafou Jhonathan Santana, do Sindicato dos Profissionais do Sistema Socioeducativo do Estado de Mato Grosso.
Outra categoria que aderiu à greve foi a dos servidores da saúde, que mantêm no Hospital Regional de Rondonópolis apenas os atendimentos de urgência e emergência, o funcionamento das UTIs e do Banco de Sangue. “Essa nossa paralisação vem a acarretar uma situação muito difícil dentro do hospital, diria que até caótica”, disse José Luis Souza, representante do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente.
A greve vem de encontro com o término do contrato com a administradora do hospital, que está se encerrando, e os servidores contratados estarem recebendo aviso prévio. “É uma situação constrangedora, porque nós fazemos parte do Poder Executivo, de órgãos arrecadadores, a exemplo do Detran, que arrecada mais de R$ 1 milhão por dia. Então, é uma insatisfação muito grande de todos os servidores. O governo está dizendo que o Estado está em crise, então que ele mostre os números reais dessa crise”, disse Olga Eliane Pinto Santos, do Sindicato dos Escrivães da Polícia Judiciária Civil.
Os servidores da educação, que são mais de três mil apenas em Rondonópolis, não participaram da manifestação na cidade porque a categoria se concentrou em protestos na Capital.

EFEITO DA GREVE

Unemat suspende realização de vestibular

Da Reportagem

A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) suspendeu a realização das provas do vestibular da instituição que seriam realizadas no próximo domingo, dia 05 de junho. De acordo com a Pró-reitoria de Ensino de Graduação (Proeg) a nova data só será definida após o retorno às atividades pelos servidores públicos estaduais da Unemat.
A decisão foi tomada, segundo a pro-reitoria, para que nenhum dos 14.860 candidatos inscritos no Vestibular Unemat 2016/2 seja prejudicado. Ontem, os servidores estaduais iniciaram greve, por tempo indeterminado, pela Revisão Geral Anual (RGA) que trata da reposição das perdas inflacionárias sobre os salários.
Neste vestibular, a Unemat oferta 59 cursos regulares e dois na modalidade diferenciada, em 12 municípios do estado.

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