Nas articulações para a composição do staff do novo Governo Federal, com a provável transferência da presidência da República para o atual vice Michel Temer (PMDB), o senador Blairo Maggi (PR) foi convidado para ser o novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Em resposta, Maggi já anunciou que aceita o convite e que agora aguarda apenas a oficialização por Michel Temer, o que deve ocorrer nesta semana.
Conforme Maggi, o convite para que ele assumisse o Ministério da Agricultura partiu do Partido Progressista (PP). “Resolvi aceitar em homenagem a meu pai, seu André, que se aqui estivesse ficaria muito feliz. Em nome de Mato Grosso, meu estado querido, cuja vocação é o agronegócio, e pelo momento que vivemos no País. Acredito poder ajudar o Brasil”, externou o parlamentar, acrescentando que pede a Deus que o abençoe nessa missão, caso ela se concretize. “Também espero ter o apoio de todos!”, continuou.
Além do cargo ministerial, Maggi também anunciou ao Jornal A TRIBUNA que a Procuradoria-Geral da República/Ministério Público Federal, através do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o inocentou de qualquer participação, direita ou indireta, em crimes investigados na Operação Ararath, que aconteceu entre o final de 2013 e início de 2014. A denúncia era que o senador teria participado de negociações para a “compra” de uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), com recursos públicos para o pagamento. Janot, no entanto, determina o prosseguimento das investigações contra os demais citados no caso.
Na verdade, Rodrigo Janot encaminhou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, o pedido de arquivamento do inquérito instaurado contra o senador Blairo Maggi ligado à Operação Ararath. “Não há mais qualquer investigação criminal contra mim referente à Operação Ararath. Neste momento isso tem um valor inestimável, já que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem sido extremamente rigoroso na apuração de atos de corrupção praticados por agentes políticos. Considero isto como um verdadeiro atestado de idoneidade”, avaliou.
Desde o começo de 2015, Maggi deixou o apoio ao Governo Dilma Rousseff (PT), criticando duramente a condução da política econômica do Brasil. Ultimamente vinha defendendo celeridade no processo de impeachment da presidente, como condição para que o País voltasse a crescer. Com o convite para o Ministério, a expectativa agora é que Maggi deixe o PR e se filie ao PP. Contudo, o senador ainda não entrou nesse mérito publicamente.
Bom, se com o status de Senador o ilustre “Rei da Soja” já propõem projetos de lei que favorecem manobras jurídicas que dificultam investigações de políticos corruptos, estabelecem prazos ínfimos para que o Ministério Público se manifeste sobre crimes cometidos por corruptos, propõem leis que impedem a delação premiada de pessoas presas, propõem leis que abrem brechas para o NÃO cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal… …como Ministro, Deus sabe o que fará!!!
A verdade é certeira: Este cidadão usou o cargo para escapar de investigações sobre os malfeitos do seu governo à frente de Mato Grosso e fora isso não fez BULHUFAS pelo povo mato-grossense. E agora, no limiar da campanha política pela reeleição, posa como benfeitor e tenta demonstrar um empenho que jamais foi marca do seu mandato. A verdade é uma só, nítida e incontestável: O Sr. Blairo Maggi teve uma atuação insossa como senador e agora luta pra manter o FORO PRIVILEGIADO que o cargo lhe confere! Tenho certeza de que teremos opções bem mais interessantes para o senado.