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Rondonópolis
, 13 maio 2024
 
 

Aeronave “aterrissa” em lavoura e quebra cerca (atualizada)

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Avião permanece no aeroporto; companhia aguarda a visita de técnicos da Aeronáutica que devem investigar o incidente
Avião permanece no aeroporto; companhia aguarda a visita de técnicos da Aeronáutica que devem investigar o incidente

Os passageiros de um voo da empresa de Linhas Aéreas Passaredo, que saiu de Brasília (DF) com destino a Rondonópolis, viveram verdadeiros momentos de pânico na noite de sexta-feira (8), por volta de 00h20. A aeronave, ao tentar pousar no aeroporto Maestro Marinho Franco, não fez o procedimento na pista do local. O avião fez a aterrissagem fora da pista, em uma plantação de soja, atingiu uma cerca e arremeteu. O piloto fez então novamente o procedimento de descida e pousou pouco tempo depois, em segurança. Apesar do grande susto, ninguém se feriu.
O incidente aconteceu nas proximidades da cabeceira sul da pista e a cerca que foi derrubada pela aeronave foi consertada ainda na manhã de ontem (9). Ainda durante a manhã, técnicos da própria companhia chegaram ao Marinho Franco para avaliar a aeronave. A Passaredo não informou quantas pessoas estavam no avião, um modelo ATR, com capacidade para 72 pessoas.

Marcas deixadas pela passagem da aeronave na lavoura de soja
Marcas deixadas pela passagem da aeronave na lavoura de soja

Em relatos a reportagem, alguns passageiros disseram terem escutado um grande barulho quando a aeronave tocou o solo, como uma espécie de estouro, e em seguida o avião subiu novamente, mas não foram informados pelo piloto sobre o que realmente aconteceu. A companhia aérea, em nota enviada a imprensa, relatou que o voo 2332 teve problemas no pouso devido às condições climáticas do momento, sendo necessária a arremetida após a aeronave tocar o solo. A nota não informa se a aeronave tocou a pista ou a plantação de soja e a cerca, conforme pode ser visto no local.
De acordo com a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (Setrat), responsável pelo aeroporto, o local está funcionando em condições normais e todos os dispositivos de segurança disponíveis e aprovados pelos órgãos de aviação estão em pleno funcionamento e operando conforme prevê a legislação. De acordo com o secretário municipal Argemiro Ferreira, na noite de sexta-feira (8), o aeroporto funcionava em condições normais, com todos os elementos ligados ao suporte de pouso e decolagem em conformidade.

Cerca que foi derrubada pela aeronave foi reconstruída ainda na manhã de ontem (9)
Cerca que foi derrubada pela aeronave foi reconstruída ainda na manhã de ontem (9)

Argemiro informou que o comandante da aeronave foi orientado pela Estação Permissionária de Telecomunicação Aeronáutica (EPTA), após as análises de condições climáticas, temperatura, altitude e visibilidade, de que o pouso deveria ser feito pela cabeceira norte da pista, mas que o comandante informou que tinha boa visibilidade da cabeceira sul e que iria realizar o pouso, apesar da orientação diferente da EPTA. Neste momento, ele teria feito o pouso em local impróprio e teve que arremeter com pequenos danos na aeronave, sobrevoando a região novamente e conseguindo realizar o pouso com segurança em seguida.
Argemiro ainda disse que é responsabilidade da empresa a comunicação do incidente aos órgãos de fiscalização, que o procedimento já foi feito, e que na nota da Passaredo para o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) consta a informação de que a aeronave tocou o solo em local impróprio. Ele também ressaltou que todas essas informações constam gravadas na EPTA e na caixa preta do avião.
Os técnicos do (Cenipa) devem se deslocar para cidade hoje (10), para iniciar a investigação sobre o incidente.

Destroços da cerca que foi derrubada
Destroços da cerca que foi derrubada

SEGURANÇA NO AEROPORTO

O problema acontece em um momento em que a discussão sobre a segurança do aeroporto está acentuada, devido à nova informação de que o município tenta a implementação do Papi e Rnav, aparelhos que permitem maior segurança e precisam para pouso e decolagens, e que são cobrados pela sociedade de Rondonópolis há muito tempo.

Na última semana, passageiros tem relatado ao A TRIBUNA reclamações e orientações de pilotos no momento do pouso em Rondonópolis, alegando inclusive que descer no aeroporto da cidade é uma “verdadeira aventura”. Alguns passageiros ainda relataram que não vão mais usufruir dos serviços do aeroporto enquanto medidas eficazes de segurança não forem tomadas, por estarem com medo do local.

Questionado, o secretário Argemiro garantiu que o aeroporto de Rondonópolis, dentro das condições que tem, é seguro para pousos e decolagens e oferece as condições necessárias para as aeronaves. Argemiro ainda lembrou que a decisão final do pouso ou da decolagem, mesmo após a orientação do aeroporto, é sempre do piloto.

ATUALIZAÇÃO -11/01/2016 – 10h05

O Centro de Investigação e Prevenção de acidentes Aeronáuticos (CENIPA), através do Sexto Serviço Regional de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VI) está neste momento no Aeroporto Maestro Marinho Franco realizando a Investigação do acidente que ocorreu no sábado (9) com um avião vindo de Brasília (DF). Não há prazo para entrega do relatório final. Mais informações na edição desta terça-feira (12) do Jornal A TRIBUNA.

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  1. Pergunto a esse piloto e só o aeroporto de Rondonópolis que o senhor opera, pois tenho visto que vários aeroporto do Brasil não tem o Papi, pode até ter o RNav mas a iluminação das cabeceiras da pista como vocês denominam o Papi não tem e os aeroportos não são um lixo. As companhia ao instalarem esses voos deveriam ter visto tudo isso, pois os voos saem lotados e a passagem É a mais cara do Brasil, agora nosso aeroporto é lixo.

  2. Eu não sou piloto, mas usuário frequente , e na minha modesta e totalmente desconhecedor da formação tecnica de um piloto, acho que enquanto o aeroporto de Rondonopolis não possuir os aparelhos de aproximaçào da aeronave sistema RNAV e PAPI, não deveria este aeroporto operar voo NOTURNO, talvez assim poderiamos evitar tragedia maior.

  3. O Excmo Sr secretário nao entende absolutamente nada de Segurança e muito menos de aviação. Eu opero ATRs em Rondonópolis e já perdi as contas de quantas vezes nem mesmo tentei o pouso, por condições adversas. Felizmente minha empresa não me força a pousar, mas sim a pousar com segurança. Rondonópolis é uma excelente cidade, mas o aeroporto é um lixo, PRINCIPALMENTE no que tange as aproximações noturnas após chuva no tempo passado. Nunca me importei com o que pensa ou deixa de pensar os passageiros, o que realmente conta é sempre a segurança. Fazer um procedimento RNAV e colocar um PAPI é extremamente simples, rápido e barato… Vamos ver se agora tratam de fazê-lo. E antes que apareça um ilustre pseudo conhecedor de aviação para me contestar nas minhas opiniões, eu opero em Rondonópolis ha cerca de 18 e 20 anos, e tenho um pouquinho mais de 10 mil horas em ATRs, portanto sei do que estou falando.

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