A sede do Procon, na rua Rio Branco, foi ponto de encontro de mais uma reunião entre os membros do Conselho Municipal dos Direitos do Consumidor, na manhã de sexta-feira (27). Na pauta de deliberação estava, dentre outros assuntos, a programação de eventos alusivos ao Dia Mundial de Defesa dos Direitos do Consumidor, que é lembrado em 15 de março. Além de palestras e outras atividades, o ponto alto do calendário inclui um dia de mutirão de recolhimento de reclamações contra as empresas de telefonia móvel, bem como a articulação de todos os setores da sociedade para promover uma hora sem o uso do celular no dia 14 (sexta-feira) que deverá ser entre 15h e 16 horas.
O coordenador do Procon, Juca Lemos, afirmou na reunião que o objetivo da manifestação não é ridicularizar as empresas, mas sensibilizar os diretores regionais a melhorarem os serviços e cumprirem sua parte com a efetivação de investimentos, para dar condições de boa cobertura de sinal e garantia do fim de tarifas abusivas aos usuários. “Este movimento já fomentou a criação de um Fórum Nacional, já que em 18 estados da federação tem CPI da telefonia móvel instaurada. Talvez esta uma hora sem ninguém usar o celular não dê a repercussão financeira que force os empresários a mudar a conduta, mas cria o clamor e demonstra a insatisfação do consumidor”, analisa.
No planejamento traçado entre Juca, o procurador geral do Município, Fabrício Corrêa e os membros do Conselho está a ideia de instalar um estande do Procon em uma área de grande movimentação, como a Praça Brasil, durante todo o dia 14 e atender aos usuários descontentes com os serviços das empresas de telefonia, registrando oficialmente as denúncias. Entre as 15h e 16 horas, de acordo com Juca, a população estará convidada a participar de um ato simbólico de ‘abandono’ temporário do aparelho, formando uma pilha de celulares inativos, como, inclusive ‘eles estão acostumados a ficar’, segundo denúncias que chegam ao órgão.
Os conselheiros ainda solicitaram ao coordenador do Procon uma posição mais enérgica, pós-manifestação, no sentido de limitar a expansão de assinaturas de novas linhas, o que provoca o congestionamento de sinal. “Vamos buscar junto ao Ministério Público, que é o órgão que defende os anseios da sociedade, que promova uma ação pública neste sentido. É possível criarmos este mecanismo. Talvez assim, veremos os investimentos acontecerem”, finalizou Juca Lemos.