27.5 C
Rondonópolis
, 19 maio 2024
 
 

Gastos com acidentes de motos quase triplicam

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img
Acidentes de trânsito pressionam a rede pública de saúde e lotam prontos-socorros. Mortalidade de motociclistas supera a de pedestres e de motoristas de outros veículos

–LIBERADO –> Levantamento do Ministério da Saúde mostra que, em Mato Grosso, o custo de internações por acidentes com motociclistas pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) quase triplicou de 2008 a 2011, passando de R$ 912 mil para R$ 2,2 milhões. O crescimento dos gastos acompanha o aumento das internações que saltou de 1.249 para 2.479 hospitalizados no período. O número de mortes por este tipo de acidente também aumentou no estado, passando de 311 em 2008, para 385 óbitos em 2010.
RONDONÓPOLIS
O município de Rondonópolis, conforme foi noticiado pelo A TRIBUNA, também registrou um número alarmante de mortes no trânsito em 2010. Somente naquele ano, o Ministério da Saúde, através de dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), contabilizou um total de 114 óbitos por acidentes de trânsito no município. Houve um aumento de 22,6% no número de vítimas fatais em relação a 2009, quando foram registrados 93 óbitos.
O maior número de mortes ainda envolve motocicletas. A estatística mostra que no ano passado foram 38 mortes envolvendo acidentes com motocicletas. Esse número representa 1/3 do total de vítimas fatais de Rondonópolis em 2010. Houve um expressivo aumento de quase 60% no número de mortes envolvendo motos em 2010 em relação a 2009, quando foram registradas 24 vítimas fatais nessa condição.
Os números do SIM, oriundos do Departamento de Informática do SUS (Datasus), revelam que a grande maioria dos mortos no trânsito em Rondonópolis é composta por homens. Do total de 114 óbitos, apenas 22 são referentes a mulheres. Os outros 92 óbitos foram de homens. A maioria dos mortos também são jovens e adultos em idade produtiva, com idade entre 15 e 39 anos. Um total de 68 vítimas fatais estava nessa faixa etária.
A estatística do Ministério da Saúde aponta ainda que, das 114 mortes por acidentes de trânsito, um total de 99 pessoas era residente em Rondonópolis. Os demais não eram residentes na cidade ou se acidentaram em municípios vizinhos, mas morreram em unidades hospitalares locais. Outro dado relevante indica que 16 pedestres perderam a vida em decorrência do trânsito no ano passado no município. Automóveis comuns produziram um total de 18 óbitos na cidade.
EPIDEMIA
“O Brasil está, definitivamente, vivendo uma epidemia de acidentes de trânsito e o aumento dos atendimentos envolvendo motociclistas é a prova disso. Estamos trabalhando para aperfeiçoar os serviços de urgência no SUS, mas é inegável que esta epidemia está pressionando a rede pública”, avalia o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O gasto com atendimentos a motociclistas no país, em 2011, foi 113% maior do que em 2008, passando de R$ 45 milhões para R$ 96 milhões. O número de internações passou de 39.480 para 77.113 hospitalizados no mesmo período e o número de mortes aumentou 21% nos últimos anos – de 8.898 em 2008, para 10.825 óbitos em 2010. Com isso, a taxa de mortalidade cresceu de 4,8 óbitos por 100 mil habitantes para 5,7/100 mil entre 2008 e 2010.
“A elevação dos acidentes envolvendo motociclistas fez com que, pela primeira vez na história, a taxa de mortalidade deste grupo superasse a de pedestres (5,1/100 mil) e a de outros veículos automotores (5,4/100 mil), como carros, ônibus e caminhões”, alerta Padilha.
PREVENÇÃO
Para enfrentar o avanço dos acidentes de trânsito, o Governo Federal expandiu o Projeto Vida no Trânsito a todas as capitais brasileiras. Lançado em junho de 2010, a ação é uma das iniciativas do Ministério da Saúde para prevenir e reduzir a violência no trânsito.
Com recursos do Ministério da Saúde, as capitais poderão ampliar as políticas de prevenção de lesões e mortes no trânsito por meio da qualificação, planejamento, monitoramento, acompanhamento e avaliação das ações a partir de fatores de risco.
Em 2010, o projeto foi implantado em cinco capitais – Palmas, Teresina, Campo Grande, Belo Horizonte e Curitiba -, que conseguiram melhoras nestes indicadores.

- PUBLICIDADE -spot_img
« Artigo anterior
Próximo artigo »

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Especialistas alertam: hipertensão arterial também ocorre na infância

Embora a hipertensão arterial seja doença de maior prevalência em adultos, afetando cerca de 30% da população brasileira, o...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img