Até a década de 1990, os jovens rondonopolitanos que queriam mais opções de cursos universitários e de maior aceitação no mercado estavam fadados a pegar a estrada e procurar grandes centros universitários. A partir do começo dos anos 2000, essa realidade começou a mudar com o crescimento de faculdades locais e a vinda de novos cursos e mais estrutura na instituição federal. Esse processo de avanço e crescimento, no entanto, vem perdendo força nos últimos dois anos. O sonho de Rondonópolis tornar-se um grande pólo universitário, com cursos considerados nobres, vem ficando mais distante.
Profissionais das faculdades particulares reclamam da falta de condições para lecionar, com contenção de custos e salários inferiores aos pagos anteriormente. Os alunos temem que a nova política administrativa possa afetar a qualidade do ensino. Novos cursos e investimentos prometidos não estão sendo feitos na medida esperada pela sociedade. No campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), os investimentos são tímidos e demorados. A discussão da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) saiu de cena ultimamente. O cenário aparente no ensino superior local é de estagnação e incertezas.
Diante desse contexto, o Jornal A TRIBUNA abre uma discussão sobre as perspectivas do ensino superior de Rondonópolis. É um mercado que, em 2008, contava com 05 unidades privadas e uma federal, com mais de 7.000 alunos, conforme o “Dossiê Rondonópolis”, produzido pela Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Rondonópolis (ACIR). Há dois anos, as três principais faculdades particulares da cidade foram vendidas para grandes grupos do ensino superior do Brasil, que hoje polarizam o mercado.
Há quem diga que, até poucos anos atrás, Rondonópolis tinha uma grande demanda reprimida no segmento, o que agora foi amenizada, fazendo com que novos investimentos sejam revistos. Afinal, como está o atual momento do ensino superior em Rondonópolis? Por que a vinda de novos cursos e de maior aceitação no mercado é um processo tão complicado na cidade? Por que outras cidades menores se consolidaram como grandes pólos universitários, mesmo sem demanda local? Quais são as perspectivas do ensino superior no município para os próximos anos?
Confira a primeira etapa da reportagem especial do A TRIBUNA sobre a atual fase do setor no município.
Ainda bem que formei antes dessas empresas da educação aparecerem.
Sou bibliotecário formado na UFMT e nunca trabalhei em Rondonópolis por não aceitar a política imposta pelo monopólio que se tornou a cidade com salário baixo e falta de respeito com os profissionais. Mudei pra Cuiabá e sou muito mais respeitado, e não vejo possibilidade de voltar já que o mercado está fechado na minha área de atuação
A falta de comprometimento com o que se prega dentro de uma instituição é a principal. Sou professor e trabalhei nas antigas UNIR e UESP e hoje por opção não leciono mais, por não aceitar a politica imposta pelas instituições remanescentes, falta de apoio, infra-estrutura e comprometimento com os profissionais. Para ter uma ideia, a instituição que assumiu a UESP, no inicio de 2009, fez a minha rescisão de contrato e até o presente momento não foi homologada pelo simples fato de desrespeito com os profissionais.
A população precisa lutar e cobrar dos representantes politicos, quando se fala de UFR parece ser uma luta somente dos professores e alguns alunos dos campus e alguns politicos. Pois a transformação do campus em universidade beneficiará é a população, para professores e alunos que ali ja se encontram não mudara nada… Continue esperando população…
Infelizmente nossos políticos estão dormindo de toca, marcando bobeira e quando aparecem fazem apenas média com nossa gente, como se fossem os salvadores da Pátria. No entanto a realidade é bem outra. Sombra e água fresca parece ser a melhor opção para eles.