Houve uma época em que o Fluminense poderia se mostrar receoso em visitar a La Bombonera para encarar o Boca Juniors e sua temida tradição na Copa Libertadores. Certamente não é o caso do jogo desta quinta-feira, às 18h45 , pelas quartas de final da competição. Com a confiança adquirida com o vice-campeonato de 2008 (quando eliminou os argentinos) e com a vitória por 2 a 1, no mítico estádio, há dois meses, os tricolores esperam trazer para o Rio de Janeiro um bom resultado e decidir a classificação no Engenhão.
Mas há motivos para preocupação. Da equipe que surpreendeu o Boca Juniors, na fase de grupos, seis jogadores não estarão em campo. Entre eles, os responsáveis pelos lances dos gols daquela vitória – Deco, Fred e Wellington Nem. O trio está lesionado e os dois primeiros não fazem sequer o jogo da volta, no próximo dia 23.
Na armação, o técnico Abel Braga optou pela experiência e qualidade de Wagner, apesar de o meia, ex-Cruzeiro, ainda não ter apresentado suas credenciais nas Laranjeiras. No ataque, Rafael Sóbis e Rafael Moura também são presenças veteranas e confiáveis. “O Deco é um dos líderes do time, um dos comandantes e é chato vê-lo machucado”, lamentou Wagner, mas na esperança de conquistar uma vaga definitiva entre os titulares. “Estou me sentindo bem e pretendo fazer uma grande partida para permanecer na equipe. Substituir o Deco não é fácil”.
Diante de tal quadro, Abel Braga quer uma postura cautelosa, mas não amedrontada. Semelhante à do triunfo conquistado na última visita à La Bombonera: solidez defensiva e precisão cirúrgica nas raras chances de gol.
