Técnico pede todo o cuidado com Ganso

Se os jogadores do São Paulo admitem que parar Neymar no clássico deste domingo, no Morumbi, é uma missão ingrata, o técnico Emerson Leão deixa o atacante do Santos um pouco de lado e abre os olhos para a outra estrela da companhia que, se não tem o mesmo estilo virtuoso do camisa 11, pode ser ainda mais letal: Paulo Henrique Ganso.
O raciocínio é simples: o atacante é um fora de série e pode resolver o jogo em um lance, mas seu poder de fogo fica reduzido quando falta alguém que o abasteça. Por outro lado, Paulo Henrique Ganso é o cérebro do time e o grande pensador das principais jogadas de ataque. Se tiver espaço e tempo para pensar, pode não só acionar Neymar como também descobrir outros companheiros em condição de marcar com um passe preciso.
Por isso é justamente o meia que vem atraindo mais a atenção do treinador antes do clássico. “Você tem um que pode terminar a jogada, mas aquele que a alimenta pode ser tão precioso quanto”, afirmou o treinador, sem dar pistas se pretende adotar algum tipo de marcação individual nos astros do rival.
O poderoso ataque santista será também o teste mais duro até aqui para a zaga tricolor, que depois de um início de temporada ruim, parece finalmente ter se estabilizado e curte bom momento (levou apenas um gol nos últimos cinco jogos). Para manter os bons números, os defensores pedem que o time inteiro entre ligado em campo para neutralizar as armas do rival. “Acredito que, dentro de campo, todo mundo tem que se ajudar. Temos que ter consciência de que temos jogadores que desequilibram e eles também precisam se preocupar”, ressaltou o zagueiro Paulo Miranda.