O Corinthians tem um trunfo importante para enfrentar nesta quarta-feira o Flamengo numa partida que pode valer nada menos a liderança do Brasileiro: repetir, no Engenhão, a escalação que venceu o Palmeiras por 1 a 0, domingo, no Pacaembu.
Algo raro com Adílson Batista, o técnico Tite não tem nenhum jogador suspenso. No departamento médico também não há novidade – Dentinho e Jorge Henrique ainda continuam fora de combate.
Essa notícia é um alento para o novo treinador porque houve partidas em que seu antecessor tinha de remendar os setores de defesa, de meio-de-campo e também do ataque. Se antes Adílson chegou a ter sete desfalques para um jogo, Tite não tem muitos problemas porque vai colocar a campo novamente dez titulares.
“Nós tivemos uma série de lesões, contusões e suspensões. Poder repetir a escalão dá mais segurança ao time, vamos pegando ritmo e entrosamento. Temos de comemorar bastante”, disse o goleiro Júlio César.
O setor que Tite considera vital estará completo, o meio-de-campo. Bruno César, que estava voltando de lesão e deixou o clássico exausto, tem gás para jogar mais um jogo seguido. Assim, Tite mantém o 4-4-2, mais preocupado em defender que atacar.
“Jogamos há muito tempo dessa forma e isso também ajuda”, disse William. “Tivemos problemas, aquela sequencia negativa de resultados, não pela falta de qualidade, mas pelo número desfalques, três ou quatro por jogo.”
Tanto William quanto Júlio César ressaltaram que o retorno de Ralf ao time foi importante porque, segundo eles, é o único jogador com característica de primeiro volante. “Ele se desdobra para a bola não estourar no William e no Chicão”, afirmou o goleiro.William falou sobre o problema que afligia a equipe na época de Adílson: as falhas da defesa. Ele disse que, além dos desfalques, o time se expunha demais nos jogos porque, com as primeiras derrotas, a equipe se lançava ao ataque e, na ânsia de voltar a vencer, se posicionava mal.
“Com vários desfalques e sem entrosamento, às vezes uma movimentação errada propicia muitos espaços. Quando precisa vencer, você também se expõe demais”, afirmou o capitão, que evitou criticar o antigo técnico. “Não é que perdíamos por causa do Adílson e agora tudo mudou e voltamos a vencer”, disse. “A volta dos lesionados é que determinou bastante para que o time voltasse a ter consistência.”
