União passa por batalha e disputa final do Estadual

O União Esporte Clube, mesmo empatando com o Vila Aurora, em 1 a 1, na quarta-feira (21), está na decisão do Mato-grossense deste ano. O Colorado decide o Estadual 2010 contra o Operário de Várzea Grande. O time de Várzea Grande chegou à decisão após vencer o Araguaia pelo placar de 5 a 0.
O primeiro jogo da final está confirmado para este domingo, às 18 horas, no estádio Presidente Dutra, na capital, e o jogo de volta será na próxima quarta-feira, às 20h45, no estádio Engenheiro Luthero Lopes. Está será a quarta decisão de um Estadual desde que o novo Luthero Lopes foi inaugurado em 2000. O União decidiu no Luthero os estaduais de 2004 e 2008, diante do Cuiabá e Mixto, respectivamente, e não conseguiu sair com o título. O Vila Aurora decidiu em 2005 com o Operário e ficou com o taça.
O jogo que deu a classificação ao Glorioso a mais uma final foi marcado por emoção do começo ao fim. O principal clássico de Rondonópolis, o Uni-Grão, pela primeira vez, definiu um finalista, tornando-se o clássico mais importante em 20 anos de história.
O Tigre da Vila, comandado por Paulo Bagagem, precisava vencer, pois perdeu o jogo de ida pelo placar de 1 a 0 dando a vantagem do empate para o União. Diante dessa necessidade, o técnico Paulo Bagagem fez uma alteração no time para surpreender o técnico do União, Everton Goiano. Ele escalou o volante Sandrinho na vaga do ala Rafael Reis e ainda colocou em campo o meia Souza, que estava afastado devido a uma contusão no pé. No União, Goiano apostou na volta de Paulo Almeida e Romeu, e ainda no zagueiro Rodrigão, que durante a semana perdeu o pai, falecido no Rio de Janeiro.
Momentos antes do jogo, o goleiro Silva, titular em todo o campeonato, foi vetado pelo departamento médico, dando espaço para o reserva Samir.
Precisando vencer, o Vila viu o União levar perigo logo aos três minutos de jogo. Em um cruzamento de Paulo Almeida, o atacante Valdir Papel, de cabeça, mandou para fora. O Tigre respondeu logo em seguida com Zumbi, também de cabeça, e a bola passou perto da meta de Samir.
Porém, aos 10 minutos, o União abriu o placar em uma jogada muito bem trabalhada. Danilo Cruz tocou, Valdir Papel fez o corta-luz e Didi Cearense recebeu livre para tocar no canto, sem defesa para o goleiro Junior Negão.
Mesmo tendo levado o gol, o Vila não se intimidou e foi para cima. O atacante Zumbi chegou a ensaiar uma bicicleta no intuito de surpreender Samir, mas não deu certo.
No segundo tempo, o Vila entrou em campo mudado. Paulo Bagagem sacou Souza para dar espaço para Diego Prado. O jogador, logo na primeira chance, testou de cabeça para fora. Porém, aos cinco minutos, o rápido Coelho recebeu na entrada da área, trombou em Paulo Almeida e o árbitro Marcelo Alves dos Santos marcou pênalti. Os jogadores do Vila queriam cartão vermelho para Paulo Almeida que já tinha um amarelo e o técnico do União, Everton Goiano contestou a marcação. “Queria ver um árbitro marcar um pênalti desses a favor do União, não dá mesmo, isso não dá”, desabafou o treinador.
Após o gol, o Vila foi com mais intensidade para o ataque, mas errava o alvo na hora de concluir. O Tigre sabia que se marcasse ao menos um gol, levava a decisão para os pênaltis. Precavido, Everton Goiano tirou Didi Cearense e colocou Marciano no jogo.
O técnico ainda sacou Calado para colocar o zagueirão André Luiz e  também tirou Romeu para colocar Neto. No Vila Aurora, Paulo Bagagem colocou ainda Thiago Vinícius na vaga de Cristiano e Rafael Corrente na posição de Sandrinho.
Com todas essas mudanças, Coelho ainda tinha forças para buscar o gol da virada e quase chegou no finalzinho. Em jogada individual sensacional, o jogador passou por toda a defesa do União e concluiu para fora. No último minuto, Junior Negão ainda foi para a área para tentar concluir de cabeça, mas não conseguiu.
O jogo de quarta-feira foi recorde de público e renda neste Estadual. Tigre e União levaram 8.231 torcedores pagantes para uma renda de R$ 100.881,00.