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Juiz manda soltar irmão de ex-ministro

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Adarico Negromonte deixou a carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba por volta das 19h
Adarico Negromonte deixou a carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba por volta das 19h

Brasília

O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos e investigações da Operação Lava Jato na Justiça Federal, decretou, no início da noite de ontem (28), a soltura de Adarico Negromonte, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA). Ele é apontado nas investigações como responsável por levar o dinheiro de propina da Petrobras do escritório do doleiro Alberto Yousseff para partidos políticos e agentes públicos corrompidos. Negromonte deixou a carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba por volta das 19h, sem falar com a imprensa.
Negromonte estava em prisão temporária desde segunda-feira (24), mas o prazo venceu ontem. Diante do pedido da defesa para que ele fosse solto e da concordância do Ministério Público (MP), Moro decidiu pela liberdade de Adarico. “Intimado a se manifestar, o Ministério Público Federal afirma que há indícios suficientes de autoria e de materialidade relativos à participação de Adarico na organização criminosa investigada e nos diversos crimes por ela praticados. Todavia, entende suficiente, no momento, a decretação de medidas cautelares substitutivas à prisão”, analisou o juiz.
Entre as medidas cautelares sugeridas pelo MP e determinadas pelo juiz a Negromonte, estão a “proibição de deixar o país, de mudar de endereço sem autorização deste Juízo, obrigação de entregar o passaporte no prazo de cinco dias (se ainda não tiver feito isso) e de comparecer a todos os atos do processo, tanto na investigação quanto na eventual ação penal, mediante intimação por qualquer meio, inclusive telefone”.
O juiz ressaltou que, apesar da decisão pela soltura, há “prova, em cognição sumária, de que Adarico Negromonte Filho teria participado do grupo criminoso dirigido por Alberto Youssef dedicado à lavagem de dinheiro e ao pagamento de propina a agentes públicos, forçoso reconhecer que o papel era de caráter subordinado, encarregando-se de transportar e distribuir dinheiro aos beneficiários dos pagamentos”.
Segundo Moro, as provas estão associadas ao depoimento de testemunhas e a mensagens telemáticas em que Negromonte é citado como emissário de Yousseff e responsável pela entrega do dinheiro do grupo criminoso investigado na Lava Jato.
LAVA JATO
A Operação Lava Jato investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões e provocou desvio de recursos da Petrobras, segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. A nova fase da operação policial teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras que somam R$ 59 bilhões.
Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do MPF e da Polícia Federal. Ao todo, 25 pessoas foram presas pela PF durante esta etapa da operação. Porém, ao expirar o prazo da prisão temporária (de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco), na última terça (18), 11 suspeitos foram liberados. Outras 13 pessoas, entre as quais o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, continuam na cadeia.

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