O mundo provavelmente estará bem mais lotado até 2100, e as mudanças demográficas dessa população – quantos indivíduos a mais, com que idade e vivendo onde – irão afetar as emissões de gases do efeito estufa, disseram pesquisadores nesta segunda-feira.
Desacelerar o crescimento populacional é algo que poderia ter um profundo efeito nas emissões de poluentes pelo uso de combustíveis fósseis, o que é um fator importante para o aquecimento global, mas só isso não evitará os impactos mais graves da mudança climática, segundo o estudo.
Há muito tempo os cientistas correlacionam o crescimento populacional às emissões de gases do efeito estufa, mas até agora eles não haviam estudado os efeitos das mudanças demográficas que devem acompanhar o aumento populacional.
A tendência para este século é que a população envelheça e se urbanize, e que se concentre em grupos menores – em vez das grandes famílias -, conforme o estudo de pesquisadores de EUA, Alemanha e Áustria, publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos EUA.
Os pesquisadores consideraram três cenários: numa continuação da atual tendência, o mundo ganharia 2 bilhões de habitantes até 2050; com um crescimento mais lento, a população mundial aumentaria em 1 bilhão de pessoas; se o ritmo se acelerar, podem ser 3 bilhões de indivíduos adicionais, ou seja, a população mundial saltaria de 6 para 9 bilhões.
Um crescimento mais lento poderia reduzir as emissões em 16 a 29 por cento do total necessário para evitar que a temperatura global tenha um aumento catastrófico, segundo os cientistas. O envelhecimento populacional – com a consequente redução da mão de obra — poderia reduzir as emissões em até 20 por cento em alguns países industrializados. (Fonte: Agência Estado)
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