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SUÍNO: fôlego recuperado

Em 2013, o mercado brasileiro de suínos finalmente conseguiu recuperar o fôlego. “Após uma série de sucessivas crises que atingiram o setor durante os últimos anos, 2013 apresentou um quadro totalmente diferente”, revela o analista de Safras & Mercado, Allan Hedler.

As cotações do quilo do suíno vivo começaram o ano com níveis satisfatórios, sendo o quilo vivo cotado a R$ 3,16 na média mensal em janeiro. Os preços voltaram a recuar nos meses seguintes, chegando a R$ 2,47 em maio, mas com a redução no custo dos principais insumos para o arraçoamento animal, devido à safrinha recorde de grãos, ainda fortalecido pela redução da oferta interna com a queda nos abates, as cotações do quilo do suíno vivo voltaram a se valorizar a partir do segundo semestre.

Hedler destaca que a média diária do quilo vivo na região Centro-Sul chegou ao patamar recorde de R$ 3,59 no inicio de novembro, valorização de 16,7% em relação ao mesmo período do ano passado. No decorrer desse mês as cotações no atacado voltaram a recuar devido aos altos preços praticados no mercado, o que fez com que os frigoríficos também pressionassem as cotações do quilo vivo, que voltaram a cair 4,5% na média diária da região Centro-Sul até o final de novembro. “Desde então, o mercado apresenta um quadro de estabilidade em suas cotações. A tendência é de que o mercado deve se manter nesse ritmo até o final de 2013. Afinal, a demanda é mais expressiva nesta época do ano”, comenta.

No mercado atacadista, Hedler afirma que a situação não foi diferente. A média mensal da carcaça suína começou o ano sendo cotada a R$ 5,33, alta de 34% frente ao mesmo período de 2012, quando estava cotada em média a R$ 3,98 o quilo. No decorrer do primeiro semestre o valor recuou 23%, chegando à casa dos R$ 4,09. Desde então, o setor vem se recuperando durante o segundo semestre. A média mensal de preço da carcaça em novembro no atacado chegou a R$ 5,84. Já o pernil com osso iniciou o ano sendo cotado na média mensal da Região Centro-Sul a R$ 5,79, chegando a um ponto de mínima em julho, de R$ 4,88. “No segundo semestre o preço começou a se recuperar, chegando ao patamar recorde de R$ 6,25 na média mensal de novembro”, comenta.

Hedler salienta que as exportações começaram bem o primeiro semestre, com volume acima do registrado no ano passado. Porém, logo vieram a declinar por conta do embargo ucraniano, que perdurou por três meses. “Os embarques se recuperaram um pouco no inicio do segundo semestre, mas, nos meses seguintes se mantiveram abaixo dos volumes registrados no ano passado”, pontua.

De acordo com a projeção de Safras & Mercado, estima-se que até o final do ano sejam embarcadas 513 mil toneladas de carne suína, volume que fica 9,4% abaixo do exportado no ano passado (566,4 mil toneladas). “Os números poderiam ser mais satisfatórios, porém, os embargos russo e ucraniano, na metade do ano, acabaram reduzindo o volume exportado no acumulado de 2013”, disse.

O analista projeta, por outro lado, que com a abertura de novos mercados, como o Japão, principal importador de carne suína do mundo, além do câmbio mais favorável, estima-se um aumento de até 15% na exportação brasileira para 2014, chegando a 590 mil toneladas. “Até o final de 2013 o consumo mundial deve chegar a 107,3 milhões de toneladas, aumentando 2% frente a 2012, conforme o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o que também é muito positivo ao setor”, analisa.

Para Hedler, com a abertura de novos mercados, o aumento no consumo mundial e a desvalorização cambial, nos níveis observados hoje, o setor de carne suína ingressará em 2014 de maneira otimista. “Nos primeiros meses do ano, a tendência é de que as cotações recuem um pouco, especialmente em fevereiro, mas a estimativa é de que o setor não volte a repetir um movimento de queda tão forte como o observados em anos anteriores, por conta da melhor exportação e da redução na disponibilidade interna”, finaliza.

ARROZ: preços elevados

O mercado rizicultor brasileiro fecha o ano com forte valorização do cereal, algo incomum para o período. “Com a retomada das exportações de arroz no segundo semestre de 2013, o cenário mudou, pois o Brasil tem apresentado redução constante em seus estoques, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), influenciando positivamente os preços”, explica o analista de Safras & Mercado, Eduardo Aquiles. “O dólar valorizado em comparação ao real tem estimulado as vendas externas e, em contrapartida, desfavorecem as aquisições do Mercosul”, acrescenta.

No dia 20 de dezembro, a cotação média no Rio Grande do Sul, o maior produtor nacional, era de R$ 36,39 por saca de 50 quilos do grão em casca, apontando acréscimo de 8,3% no acumulado de um mês, quando estava a R$ 33,60, e 2,5% acima do valor pago em igual período do ano passado, quando estava a R$ 35,50.

Segundo a Equipe de Política Setorial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), o Estado tinha 99,5% da área plantada com arroz na safra 2013/14 até o dia 20 de dezembro. Foram plantados 1,111 milhão de hectares, dos 1,115 milhão de hectares esperados. Na semana anterior, o percentual semeado era de 97,2%.

Em Santa Catarina, os preços também seguem em elevação, sendo que em Turvo a cotação média no dia 20 girava em torno de 33,10 por saca de 50 quilos do cereal em casca, apresentando aumento de 0,3% no decorrer da semana, que iniciou a R$ 33,00. Agora, se levar em consideração o preço médio de um mês atrás, que era de R$ 32,75, a alta é de 1,1%, e frente à igual momento do ano passado, quando estava a R$ 36,00 por saca, existe desvalorização expressiva de 8,1%.

Para Aquiles, a tendência de preços elevados se manterá até o início da colheita no Rio Grande do Sul, em março, devendo recuar diante da entrada da nova safra. “Mesmo assim, para o decorrer de 2014, os preços deverão continuar altos, pois a demanda deve seguir grande, tanto em âmbito interno quanto externo”, pondera.

No mercado interno, eventos esportivos mundiais deverão garantir demanda mais elevada, favorecida pelo aumento de turistas no país. “E com a tendência da taxa de câmbio seguir próxima aos patamares atuais, as exportações continuarão firmes, ainda mais com os acordos firmados entre países importadores, tais como Nigéria e Iraque”, completa.

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