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safrasSOJA: preços sobem

O mercado brasileiro de soja apresentou boa movimentação e preços firmes nesta semana, acompanhando as altas dos dois principais referenciais para a formação das cotações domésticas. Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos futuros tiveram a melhor semana em mais de um ano. No Brasil, o dólar comercial atingiu o maior patamar desde março de 2009.
A saca de 60 quilos subiu de R$ 64,50 no dia 8 para R$ 69,00 na última quinta, em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), a saca passou de R$ 62,00 para R$ 65,50. Em Rondonópolis, a cotação passou de R$ 55,00 para R$ 60,00. Em Dourados (MS), o preço saltou de R$ 58,50 para R$ 62,00, enquanto em Rio Verde (GO) o preço subiu de R$ 57,00 para R$ 60,00.
Os contratos da soja com vencimento em setembro tiveram valorização de 5,75% na Bolsa de Mercadorias de Chicago, entre os dias 9 e 16, passando de US$ 12,18 por bushel para US$ 12,88. O dólar comercial subiu 3,5% na semana e era negociado a R$ 2,354 na manhã da quinta.
No mercado internacional, os preços foram impulsionados por uma série de fatores. A semana iniciou com a divulgação do relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que confirmou as expectativas e cortou suas projeções de safra e estoques americanos em 2013/14. Só que a redução ficou acima da expectativa do mercado, impulsionando as cotações.
A possibilidade dos produtores norte-americanos colherem uma safra menor do que o esperado inicialmente foi reforçada pelas projeções climáticas. Os institutos indicam temperaturas elevadas e poucas chuvas para os próximos dias. Se as condições forem confirmadas, cresce o risco de queda no potencial produtivo, pois as lavouras se encontram em estágios críticos para a definição do rendimento, quando chuvas são necessárias.
O relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu a estimativa de safra americana em 2013/14 e, em consequência, indicou estoques finais abaixo do esperado pelo mercado. Analistas previam a indicação de cortes, mas estes superaram as projeções do mercado.

MILHO: expectativa de alta

O mercado brasileiro de milho teve uma semana de quietude e de preços de estáveis a mais altos. Segundo o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, o relatório mensal de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu as projeções de safra e estoques americanos na temporada 2013/14. Segundo o Departamento, os produtores dos Estados Unidos colherão 13,763 bilhões de bushels, contra 13,950 bilhões do mês anterior. Os estoques finais foram estimados em 1,837 bilhão de bushels, contra 1,959 bilhão projetados em julho.
O USDA também cortou a sua estimativa para as exportações, que passaram de 1,250 bilhão para 1,225 bilhão de bushels. O mercado apostava em aumento na produção e nos estoques finais dos Estados Unidos. A previsão era de números de 14 bilhões e 1,97 bilhão de bushels, respectivamente.
Com essa previsão de corte, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) teve diversas sessões de alta, o que manteve os preços de estáveis a mais altos no mercado físico brasileiro. “O produtor acredita em novas altas e por isso se retraiu”, explicou o analista.
Por outro lado, chuvas no Paraná diminuíram a oferta na localidade, e também provocou firmeza nas cotações. O comprador, por sua vez, encontrava-se retraído em função do progresso da colheita da safrinha. À medida que avançam os trabalhos, a quantidade de ofertas aumenta, e os preços baixam.
Até o dia 9 de agosto, a colheita da safrinha de milho evoluia para 56% da área estimada, conforme levantamento de Safras & Mercado para a região Centro-Sul. Em igual período do ano passado, o índice era de 59,8%. Safras trabalha com uma área de 7,994 milhões de hectares, contra 6,964 milhões do ano anterior.
Nesta quinta-feira (15), no porto de Paranaguá, os preços ficaram a R$ 25,00 a saca. No Rio Grande do Sul, preço a R$ 25,00/26,00, em Erechim. Em Goiás, preço a R$ 16,00/17,00, em Rio Verde. Em Mato Grosso, Sorriso, o preço encerrou a R$ R$ 10,50/14,00.

BOI: prelos recuaram

O mercado físico do boi gordo seguiu bem ofertado durante a semana, sobretudo nos estados do Mato Grosso do Sul e de Goiás, que apresentam bom volume de confinados. Por conta disso, os frigoríficos se encontram em uma posição confortável. Apresentando escalas de abate satisfatoriamente posicionadas, em torno de cinco dias úteis.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, até mesmo os frigoríficos de menor porte desfrutam de uma situação confortável. Por conta disso, os preços do boi gordo não tiveram avanços durante a primeira quinzena de agosto, frustrando as expectativas do mercado.
Os preços acabaram cedendo em várias praças e, mesmo assim, os frigoríficos seguiram com as escalas bem posicionadas.
Durante a segunda quinzena de agosto, a perspectiva é de preços ainda mais baixos. Há de se considerar que a oferta de confinados tende a apresentar ritmo ascendente. Por outro lado, o bom consumo durante a primeira quinzena de agosto não vai se repetir durante os últimos quinze dias do mês. Com a oferta mais ampla e a demanda desaquecida, a previsão realmente é por preços mais baixos.
A média semanal de preços (de 12 a 15/08) em São Paulo foi de R$ 102,77. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou a R$ 97,00. Em Minas Gerais, a arroba ficou em R$ 97,00. Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 94,00. Em Mato Grosso, preço a R$ 90,11 por arroba.
Do atacado ao balcão, o mercado ainda opera com lentidão. Com a fraqueza do mercado pode se considerar que a demanda está sendo suprida sem dificuldade. Os preços poderão passar por processo de queda devido à pressão baixista também presente neste segmento.
No atacado, a média semanal ficou em R$ 4,80 nos cortes de dianteiro e de R$ 7,90 nos cortes de traseiro.

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