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ARROZ: sinais de desacelaração

O valor pago pelo cereal no Rio Grande do Sul não vem apresentando as oscilações positivas observadas na segunda semana de janeiro. Atualmente, na semana compreendida entre os dias 06 e 10 de fevereiro, o valor pago pelo arroz em casca teve ligeira redução no decorrer do período, mas fechando com valorização de apenas R$ 0,05 por saca de 50 quilos ou 0,2% acima, passando da média de R$ 27,22 para R$ 27,27. “Isso vem a ocorrer devido ao recuo da ponta compradora, que aguarda uma redução nos preços devido à entrada da colheita no estado”, explicou o analista de Safras & Mercado, Eduardo Aquiles. Agora, se relacionar o valor atual com os praticados dentro do período de 30 dias, quando a saca estava a R$ 25,97, há acréscimo de 5% e frente à média de igual momento do ano passado, que era de R$ 22,07 por saca, o aumento é de 23,6%.
Por sua vez, a maior parte das lavouras está em situação normal. Já, nas propriedades aonde a cultura foi abandonada por causa da estiagem, as chuvas dos últimos dias foram favoráveis para a melhora das condições de desenvolvimento. No entanto, a precipitação não foi suficiente para que as barragens ficassem em níveis satisfatórios para o processo final de irrigação, nem foi suficiente para que arroios e rios aumentassem sua vazão.

BOI: melhora no mercado

O mercado brasileiro de carne bovina apresentou evolução de negócios nesta semana, segundo informa o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias. “Em razão do bom volume negociado, as escalas de abate dos frigoríficos voltaram a avançar, apresentando um bom posicionamento. Tal condição trouxe relativo conforto aos frigoríficos, ainda que os preços tenham se alterado muito pouco, sem indicação de uma tendência de alta ou de baixa para os preços do boi gordo até o momento”, explica.
O analista ressalta que havia uma expectativa de maior alta para os preços da carne bovina nesta semana, que acabou não se confirmando. “Diante deste cenário, o indicativo é de uma lentidão nos negócios nos próximos dias, até mesmo porque boa parte das escalas já foi preenchida pelos frigoríficos. Melhores movimentações de negócios estão previstas após o Carnaval”, comenta.
Iglesias informa que a oferta de gado durante este período de safra segue satisfatória, por conta das boas condições das pastagens. “Também a boa disponibilidade de oferta de carne de frango tende a repercutir no mercado, impedindo uma maior valorização nos preços da carne bovina e na arroba do boi gordo”, alerta.
O analista acrescenta que a Região Norte do Brasil segue dispondo de boa oferta de boi gordo, que não é totalmente absorvida localmente, sendo direcionada a outras regiões, como o Centro-Sul, de modo a atender a maior demanda, o que tem ajudados a manter os preços praticamente estáveis nas principais praças de comercialização.
As médias de preços praticadas nesta semana tiveram poucas variações frente aos últimos sete dias, segundo a avaliação de Safras & Mercado. Em São Paulo o valor médio da arroba para pagamento no prazo de 30 dias ficou em R$ 97,23, em Goiás a R$ 89,00, em Minas Gerais a R$ 91, em Mato Grosso do Sul a R$ 90,72 e em Mato Grosso a R$ 85,88. Já no atacado paulista a média de preços d dianteiro ficou em R$ 4,50, com o traseiro sendo negociado pelo valor médio de R$ 8,16.

SOJA: poucos negócios

O mercado doméstico de soja apresentou movimentação bastante lenta ao longo da semana. Os preços pouco oscilaram nas principais regiões de negociação do país, com os vendedores mantendo uma postura retraída e apostando em cotações melhores no curto prazo, diante do quadro de aperto na oferta. Mesmo com a evolução da colheita em alguns estados, os preços não têm cedido.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos recuou de R$ 48,00 para R$ 47,50 entre os dias 2 e 9 de fevereiro. Em Cascavel (PR), o preço seguiu estabilizado em R$ 45,00 no período. No Mato Grosso, na região de Rondonópolis, a cotação também seguiu inalterada, na casa de R$ 39,00.
Os dois pilares para a composição dos preços internos pouco ajudaram a firmar uma tendência. No câmbio, o dólar comercial pouco oscilou, fechando a quinta a R$ 1,721. Na Bolsa de Chicago, os contratos com entrega em março subiram 0,82% no período, encerrando a sessão do dia 9 a US$ 12,27 por bushel.
Destaque na semana para a divulgação do relatório de oferta e demanda de fevereiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O foco do mercado estava voltado para os cortes na produção sul-americana, que ficaram dentro do previsto e pouca influência tiveram sobre as cotações futuras.
Para a temporada 2011/12, a produção mundial foi reduzida de 257 milhões para 251,47 milhões de toneladas. Os estoques finais passaram de 63,43 milhões para 60,28 milhões de toneladas. Os Estados Unidos deverão produzir 83,17 milhões de toneladas.
A safra brasileira está projetada em 72 milhões de toneladas e a Argentina, em 48 milhões de toneladas. Em decorrência da estiagem, os números foram revisados para baixo na comparação com janeiro, quando eram de 74 milhões e 50,5 milhões de toneladas, respectivamente.

MILHO: preços seguem estáveis

O mercado brasileiro de milho teve uma semana de poucas alterações nos preços e de negócios em ritmo apenas moderado, apesar do avanço da colheita da nova safra. Segundo o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, a oferta ainda não é significativa ao ponto de pressionar as cotações com mais contundência. “E a previsão é de chuvas para o final de semana, o que poderá interromper os trabalhos no Paraná, em São Paulo e em Minas Gerais”, completa o analista.
No estado do Paraná, preços entre R$ 25,00 e R$ 26,00, no oeste, em Cascavel. No Rio Grande do Sul, preço a R$ 28,00/28,50 em Erechim. Em Minas Gerais, preço de R$ 26,50/27,00 a saca, em Uberlândia. Em Mato Grosso, a saca em R$ 21/24,00, em Rondonópolis. Em Goiás, preço de R$ 23/24,00, em Rio Verde.

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