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, 16 maio 2024
 
 

Safras & Mercado

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SOJA: preços recuam

O mercado brasileiro de soja teve uma semana de poucos negócios e preços mais baixos. Com a proximidade do final de ano, compradores e vendedores saíram do mercado. Mesmo com cotações quase que estabilizadas em Chicago, as cotações internas sentiram o impacto de alguns repiques de baixa no mercado internacional e recuaram.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos recuou de R$ 49,50 para R$ 49,00 entre os dias 2 e 9 de dezembro. No mesmo período, a cotação caiu de R$ 48,50 para R$ 47,00 em Cascavel (PR). Em Rondonópolis, o preço baixou de R$ 48,50 para R$ 46,00. Em Chicago, os contratos com vencimento em janeiro, subiram de US$ 12,79 para R$ 12,81, enquanto o dólar passou de R$ 1,703 para R$ 1,709.
A comercialização da safra brasileira 2010/11 de soja atingiu até o último dia 3 de dezembro 33% da produção esperada, muito acima das duas temporadas anteriores e agora abrindo 10% sobre a média histórica. Para uma safra estimada atualmente por Safras & Mercado em 67,69 milhões de toneladas, o comprometimento total pelos produtores é de 22,56 mls de t.
A exemplo do relatório passado, esse avanço nos negócios da safra nova esteve ligado à combinação de firme interesse comprador, refletindo em sólidos prêmios de exportação, e bons preços externos motivando o interesse vendedor.
Para a safra atual, o relatório aponta estimativa de comercialização em 93% da produção obtida, em ritmo agora pouco inferior ao da safra passada, e também em relação aos 94% da média para os últimos cinco anos. Levando em conta uma produção de 68,07 mls de t, isso significa que 63,59 mls de t já teriam sido negociadas pelos produtores, restando uma disponibilidade de 4,48 mls de t.
“A proximidade do final do ano e a manutenção de preços médios elevados têm mantido produtores no mercado, embora em ritmo mais lento em função da pequena disponibilidade”, avalia o analista de Safras & Mercado, Flávio França Júnior.

ALGODÃO: preços internos sobem

O mercado brasileiro de algodão fecha a segunda semana de novembro com preços mais altos. Operadores sinalizam que os agentes continuam ausentes, aguardando uma tendência clara dos futuros em Nova York. Muitos produtores continuam na estratégia de limitar a oferta e apenas as indústrias com estoques escassos estão comprando.
Apesar das desvalorizações ocorridas no cenário internacional, os fatores fundamentais indicam que a tendência continua sendo de alta. Indicações para a fibra padrão 41-4, CIF São Paulo, oscilam de R$ 2,81 a R$ 2,84 por libra-peso, para pagamento em oito dias. No dia 03 de dezembro, variava de R$ 2,67 a R$ 2,69 por libra-peso.
O terceiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2010/11 revela que Mato Grosso, principal Estado produtor, deverá colher uma safra de algodão em pluma de 935,1 mil toneladas, número que representa um avanço de 60,3% ante 2009/10, quando foram produzidas 583,5 mil toneladas.

BOI: cortes traseiros sobem

O mercado físico brasileiro de boi gordo termina a semana com preços em declínio e fraco fluxo de negócios. Os frigoríficos se mostram reticentes em elevar preços de compra, enquanto os pecuaristas não parecem  dispostos a vender o gado nos preços oferecidos. Por outro lado, o atacado da carne bovina demonstra ótimo perfil de demanda, com novos recordes de preço nos cortes de traseiro.
“O mercado chega ao final do ano com preços ainda satisfatórios, mas já sob pressão da entrada da safra 2011, mesmo que em atraso. Os pecuaristas se esforçam em conseguir animais em peso ideal, para absorver os ótimos preços ainda acima de R$ 100 arroba, em São Paulo, mas os frigoríficos aproveitam o momento para cortar preços o mais rapidamente possível e os diferenciais de preços e de base perdem totalmente o seu histórico”, avalia Paulo Molinari, analista de Safras & Mercado. Destaca que enquanto alguns negócios ocorrem a R$ 102/103,00 arroba, à vista, em São Paulo, compradores tentam trazer preços para R$ 97/98,00.
Molinari lembra os extremos de alta e de baixa experimentados pelo boi gordo esse ano- a arroba que em janeiro era cotada a R$ 76,70 em São Paulo, foi a R$ 123,00 em novembro – mas diz que o momento é de reequilíbrio das cotações para uma nova safra. Na sua avaliação, os fatores climáticos deixam de pesar a favor dos preços, já que com as pastagens em recuperação alguma oferta surgirá de forma rotineira e regional, mas não se pode deixar de lembrar que São Paulo tem um ciclo de oferta muito baixo na safra e que não tem sido um indicador de pressão das cotações nos últimos anos. Por outro lado, o Centro-Oeste tem pastagens se recuperando e um gado que surgirá em bom peso no mercado em fevereiro/março.
Na opinião do analista, se os preços cederem demais agora, pode haver uma retenção de gado nos pastos para ganho de peso, já que os animais ainda estão muito leves. Passado o período de festas, no entanto, o atacado procurará um reequilíbrio em patamares mais baixos, como é normal em janeiro, enquanto o boi gordo também buscará reequilíbrio para direcionar a comercialização no primeiro semestre.
Em São Paulo, a arroba foi cotada a R$ 105,00 de preço médio, nessa quinta-feira (09), livre, à vista, contra R$ 107,00 da semana anterior, queda de 1,87%. Em Mato Grosso do Sul, preços oscilaram entre R$ 95/97,00, livre, à vista,  contra R$ 98/101,00 da última quinta-feira (02). Em Mato Grosso, a arroba foi cotada a R$ 89/93,00 contra R$ 90/96,00 da semana anterior. Em Goiás e em Minas Gerais a semana termina com preços de R$ 96/97,00 na arroba, contra R$ 99/100,00 de período anterior.
No atacado, o momento é de forte demanda, principalmente por cortes nobres. O corte traseiro atingiu R$ 8,80 quilo na semana, o maior preço do ano, contra R$ 8,60 da semana anterior, alta de 2,33% no período. Já o dianteiro recuou para R$ 4,60, mostrando que a baixa nesse tipo de corte, em dezembro, é normal e sazonal.

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