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SOJA: disparada externa

Com a continuidade da disparada das cotações internacionais da soja, os preços voltaram a subir no mercado brasileiro durante esta semana, marcada também pela melhor movimentação, principalmente nos negócios da safra nova. No disponível, a comercialização segue travada. Além da firmeza apresentada na Bolsa de Mercadorias de Chicago, a valorização do dólar frente ao real contribuiu para a alta nos preços domésticos.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 45,50 no dia 14 para R$ 46,00 no dia 21. No mesmo período, o preço passou de R$ 45,00 para R$ 46,00 em Cascavel (PR) e de R$ 44,00 para R$ 44,50 em Rondonópolis. A sustentação tem como base o desempenho de Chicago. Os contratos com vencimento em novembro tiveram valorização de 1,10% entre 14 e 21 de outubro, passando de US$ 11,88 para US$ 12,01 por bushel.
Durante a semana, as cotações em Chicago chegaram a atingir a casa de US$ 12,12 no fechamento da quarta, 20, o maior patamar em 14 meses. Uma série de fatores vem garantindo as altas externas. Entre eles, destaque para a firme e contínua demanda pela oleaginosa americana, principalmente por parte da China; para o atraso no plantio da safra brasileira; para a perspectiva de menor área nos Estados Unidos e para o bom desempenho do mercado financeiro nesta semana.
Nesta semana, os preços internos receberam impulso também da valorização de 2,34% do dólar comercial sobre o real, na contramão do movimento internacional de enfraquecimento da moeda americana. O governo brasileiro adotou medidas para onerar a entrada de investimentos internacionais no mercado de capital, fazendo com que a moeda americana pulasse de R$ 1,663 para R$ 1,702.


MILHO: preços firmes

O mercado brasileiro de milho teve uma semana de escassez de ofertas e preços firmes. Na segunda (18), chuvas regionais ajudavam o ritmo do plantio, e os produtores não vendiam muito. Os compradores, por sua vez, não forçavam a alta de preços. Conforme o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, a acomodação na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) e o câmbio seguravam os preços no porto de Paranaguá.
Na terça (19), os preços seguiram firmes ignorando as baixas na CBOT. Já na quarta, a alta na CBOT segurou o fluxo de negócios pela ausência de vendedores. Ontem (21), a principal característica foi a escassez de ofertas. Em São Paulo, não houve ofertas e em Goiás há sinais de novo enxugamento.
As condições continuam propicias ao plantio do milho nos estados da região Sul, bem como em São Paulo e Mato Grosso do Sul. Em contrapartida, em Goiás e em boa parte de Minas Gerais as condições se mantêm desfavoráveis.
Nesta quinta-feira, no Paraná, preços praticados ficaram em R$ 22,50/23,00, no oeste do estado, em Cascavel. No Rio Grande do Sul, mercado a R$ 25/26,00 a saca, em Erechim. Em São Paulo, preços a R$ 23,20/24,00 a saca, na Mogiana. Em Campinas, preços a R$ 26/26,50, a saca. Em Mato Grosso, preços a R$ 16,50/17,50, em Rondonópolis. Em Goiás, patamares em R$ 21/22,00, em Rio Verde.

BOI: arroba a R$ 100

A penúltima semana de outubro foi de disparada de preços do boi e da carne bovina no mercado brasileiro. A oferta de animais para abate que estava concentrada na primeira rodada de confinamento parece ter terminado, encurtando ainda mais as escalas de abate nos frigoríficos. Nas regiões pesquisadas por Safras & Mercado os frigoríficos indicam escalas para três dias, enquanto a demanda segue sustentada. A preocupação torna-se ainda maior com relação à semana que vem, de virada de mês combinada com feriadão, em função do repique de demanda.
Em São Paulo, a arroba do boi gordo foi cotada a R$ 99/100,00 nessa quinta-feira (21), livre de Funrural, a prazo, para pagamento em 30 dias, contra R$ 95/97,00 da semana anterior (14/10). Em Mato Grosso do Sul, a arroba foi cotada a 91,00 contra R$ 89/91,00 da última quinta-feira. Em Mato Grosso, mercado indicou R$ 83/87,00 arroba contra R$ 80/84,00 da última semana. Em Goiás, preços oscilaram entre R$ 91/93 contra R$ 89/91,00 da semana passada.
Considerando as principais regiões consultadas por Safras & Mercado, a arroba do boi gordo fechou essa quinta-feira (21), ao preço médio de R$ 90,78 no prazo, contra R$ 88,38 da semana anterior. “As dificuldades decorrentes da baixa oferta, frente a uma demanda interna sustentada, continuam sendo o principal ponto da comercialização nesse momento”. comenta Paulo Molinari, analista de Safras & Mercado, para quem o mercado sinaliza para um final de ano distante de qualquer previsão.
Conforme Molinari, as expectativas apontavam para algum sinal de acomodação de preços em outubro, pela composição sazonal da oferta, mas essa condição de oferta foi mais curta que o esperado e a procura por boi gordo voltou a acentuar.
O primeiro sintoma de um novo quadro de enxugamento da oferta foi a alta de preços no atacado. Os preços atingiram novo recorde essa semana, com os cortes casados de traseiro e dianteiro cotados a R$ 7,70 x 5,60 quilo nessa quinta-feira, ante patamares de R$ 7,30 x 5,10 de início de outubro e R$ 6,20 x 4,00 de igual período do ano anterior.
No mercado futuro, a BM&F voltou a precificar patamares acima de R$ 100 arroba nos vencimentos deste final de 2010, no mais alto patamar desde 2008. O contrato outubro fechou em R$ 103,82 com alta de 0,61% em relação ao último fechamento. O contrato novembro encerrou em R$ 104,10, com avanço de 0,23% em comparação ao fechamento anterior. O contrato de dezembro ficou em R$ 102,91, com ganhos de 0,23%.

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